O Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), cassou o registro de candidatura da deputada estadual eleita pelo PMDB, Daniele Gurreiro, por uso indevido dos meios de comunicação. O plenário entendeu que a primeira-dama do município de Mesquita foi beneficiada durante a campanha por “evidente propaganda eleitoral” em reportagens do jornal Panorama, que começaram a ser publicadas em março deste ano. O jornal é de propriedade do secretário municipal de Mobilidade Urbana e Direitos Humanos, Rogério Santana. Ele e a presidente do veículo de comunicação, Jania Beiruth, foram declarados inelegíveis por oito anos.
Além da impugnação do seu registro de candidata, Daniele, que é casada com o prefeito Gelsinho Guerreiro, pegou oito anos de inelegibilidade. Segundo o desembargador eleitoral Alexandre Mesquita, que atuou como relator no processo, “o jornal agia de forma claramente tendenciosa, pois enquanto promovia a candidatura de Daniele, trazia conteúdo negativo de seu maior opositor, Waltinho Paixão (PRP)”.
Daniele ainda pode recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ela só poderá ser diplomada se conseguir um efeito suspensivo.