
…mas o prefeito já pensa em 2016
O primeiro dia útil para as repartições públicas no estado do Rio de Janeiro vai começar com protesto em São João de Meriti, mais uma das muitas manifestações realizadas durante 2014 por funcionários e representantes de associações de moradores contra o caos financeiro e administrativo que se instalou durante o sexto ano da gestão do prefeito Sandro Matos (PDT). Para o funcionalismo, fornecedores e prestadores de serviços, por conta do não pagamento de salário, décimo terceiro e faturas, 2014 ainda não terminou e deverá demorar bastante para ser fechado, mas, para o prefeito e seu grupo de apoio, 2016 já está às portas e assim sendo pouco importam os problemas acumulados e as reclamações dos servidores. Sobre soluções ninguém no governo dá um pio. Quando as contas poderão ser postas em dia, quando vai chegar medicamentos na rede de saúde e quando os serviços básicos voltarão ao normal, parece não fazer diferença para o governo, mas a sucessão sim e para substituir Sandro já tem até um nome: o deputado federal Marcelo Vivianni Gonçalves (PDT) – que usa Matos como sobrenome e é apresentado como irmão do prefeito -, mas falta combinar isso com a população.
Com faixas, cartazes e palavras de ordem uma multidão está sendo esperada para o protesto marcado para às 9h da próxima segunda-feira, em frente a sede da Prefeitura. O prefeito que não foi encontrado nos últimos dias, de acordo com sua assessoria, “estará presente e talvez receba uma comissão dos funcionários”. Como talvez não é garantia de nada, os funcionários não sabem se serão ouvidos ou não, mas prometem fazer barulho gritando por seus direitos e asseguram que as pressões serão aumentadas nesse início de ano, para que a situação não fique ainda pior.
Durantes as festas de fim de ano quem precisou de atendimento médico sofreu mais do que já vinha penando nos últimos meses para conseguir atendimento numa rede onde um simples analgésico virou raridade e para se fazer um curativo é preciso levar o material de casa, mas já tem gente no governo falando em grandes realizações, sem entretanto explicar como isso será feito, uma vez que só nós últimos três meses as contas acumuladas, segundo fontes do próprio governo, passam de R$ 100 milhões.