Simão Sessim pode renunciar mandato

Simão ficou abalado com a inclusão de seu nome na lista dos políticos investigados na Operação Lava Jato

Parlamentar do PP tomaria essa decisão se seu indiciamento for aceito pelo STF no caso da Lava Jato

Cumprindo seu décimo mandato de deputado federal (o primeiro foi conquistado em 1978), o deputado federal Simão Sessim (PP), pode deixar a Câmara se for indiciado por conta do esquema de corrupção na Petrobras, trazido à tona pela Operação Lava Jato, que envolve Polícia Federal, Ministério Público Federal e Justiça Federal. Com base política em Nilópolis, na Baixada Fluminense, Simão é um dos 21 suspeitos com foro privilegiado que integram a lista que a Procuradoria Geral da República encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF), com pedido de autorização para investigá-los. Segundo um parlamentar eleito pela coligação que reuniu o PMDB, PP, PSC, PSD e  o PTB, Sessim ficou muito abalado com a citação de seu nome como possível beneficiário do esquema. “Ele já disse que se as investigações resultarem em seu indiciamento ele renunciaria”, completou o deputado.

Com mais de 40 anos de vida pública, Simão conquistou o primeiro mandato eletivo em 1972, quando foi eleito prefeito de Nilópolis, tendo governado de 1973 a 1977. Em 1978 ele ganhou o primeiro mandato parlamentar pela Arena e desde então vem se reelegendo sucessivamente, já tendo pertencido aos quadros da extinta UDN, Arena, PDS, PFL e agora PP. O parlamentar, que é muito respeitado na Baixada e transita com tranquilidade pelos gabinetes do Palácio do Planalto, nunca foi processado antes e em 2013 a Procuradoria Geral da República concluiu que não havia motivos para continuá-lo investigando em um caso envolvendo contraventores do Rio de Janeiro.

De acordo com o colega de bancada de Simão Sessim, se ao concluir as investigações for oferecida denúncia contra ele e essa denúncia for acatada pelo STF, a renúncia deverá acontecer. Simão não foi encontrado ontem para falar sobre o assunto.