Esquema teria funcionado entre novembro de 2018 e maio de 2019
Elizeu Pires
Reeleito para o terceiro mandato em 15 de novembro do ano passado pelo PTRB, o vereador Lorran Gomes da Silveira (foto) já é considerado fugitivo pela Justiça. Ele teve prisão preventiva decretada a pedido do Ministério Público, no âmbito de inquérito instaurado para investigar um esquema de falsificação e venda de alvarás da Prefeitura de Armação dos Búzios, no estado do Rio de Janeiro. Nesta quarta-feira (28) foi realizada uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência do MP para prendê-lo, além de fazer busca e apreensão em endereços ligados a ele, que não foi encontrado em nenhum dos imóveis checados pelos agentes.
O vereador é acusado de ter “constituído, financiado e integrado organização criminosa dedicada à prática dos delitos de corrupção passiva, uso de documento falso e estelionato, atos praticados entre novembro de 2018 e maio de 2019, período durante o qual Lorran exerceu a função de chefe de gabinete do então prefeito André Granado”.
O Ministério Público iniciou as investigações apurando o envolvimento de funcionários da Prefeitura, e acabou chegando ao vereador, apontado como cabeça do esquema. Durante o andamento do inquérito foram ouvidas várias testemunhas, e apurou que “era praticamente impossível a emissão de alvará em Búzios sem o pagamento de vantagem indevida a servidores.
Essa não foi a primeira operação do MP contra o esquema de venda de alvarás. Em março de 2019, com apoio da Polícia Civil, o MP cumpriu mandados de busca e apreensão contra o ex-secretário de Fazenda do município, Marcelo Chebor da Costa e o vereador Lorram Gomes, apontado como responsável pela nomeação de despachantes investigados na função de supervisor de posturas.