Prefeitos alegam necessidade de ampliar segurança no trânsito, mas o objetivo mesmo é fazer das multas uma fonte de renda. Petrópolis, por exemplo, pretende dobrar o número de equipamentos
Enquanto vários prefeitos estão firmando parcerias com o Tribunal de Justiça para homologar conciliações com os contribuintes em situação de inadimplência e recuperarem milhões de reais em créditos, outros estão apelando para multas de trânsito para fazerem caixa, lavrando infrações sem o menor critério e ampliando a quantidade de radares nas ruas de suas cidades. Na semana passada, por exemplo, o Tribunal de Contas do Estado liberou um edital de licitação no valor de R$ 2,5 milhões lançado pelo Fundo Municipal de Transporte e Trânsito de Macaé, que vai contratar uma empresa para instalação de novos radares fixos e lombadas eletrônicas e o mesmo deverá acontecer em relação a pelo menos mais nove municípios ainda este ano. Entre as cidades que pretendem ampliar o sistema de fiscalização eletrônica Petrópolis é a que mais engenhocas deverá instalar. A Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes (Cptrans) lançou um edital no valor global de R$ 6.088.762,80 para contratar o serviço por um prazo de 36 meses.
A licitação da Companhia Petropolitana de Trânsito e Transportes só não vai acontecer este mês porque o Tribunal de Contas, em decisão tomada na última terça-feira, suspendeu a concorrência até que sejam feitas correções do edital e a Cptrans informe, por exemplo, como chegou aos valores referenciais para aquisição dos equipamentos, que vão se somar aos 34 que já estão em operação no centro e nos bairros de maior movimento. Segundo foi apurado até agora, no segundo trimestre deste ano o número de infrações lavradas no estado teve um aumento de 22%, mas tem cidade que registrou crescimento de até 50%, como é caso de Araruama e Cabo Frio.
No município de Araruama os agentes de trânsito estão gastando muito talão e caneta, além de usarem um equipamento eletrônico portátil. “Estão multando motoristas por falta de cinto de segurança e por falarem ao celular enquanto dirigem. O problema é que normalmente eles não conseguem ver se o cinto não está sendo usado ou se realmente o suposto infrator está realmente falando ao telefone, já que não fazem nenhuma abordagem e agem à distância. Não há prova da infração, mas mesmo assim os recursos são indeferidos. Em Araruama a Prefeitura está querendo fazer caixa de qualquer maneira e tome-lhe multa”, reclama um comerciante estabelecido no centro da cidade.
Matérias relacionadas:
Crise só não afetou indústria das multas
Indústria da multa passa por cima da lei em Valença
Meriti amplia prazo para conciliação em processos de cobrança
Eu sou totalmente contra politico por não confiar em nenhum deles. Mas o nosso povinho adora dia de eleição, afinal, 50 conto ali 50 conto de lá faz 100 conto, dá pra tomar uns biricutico. E esse e o resultado!!!
As Jaris nunca deferem um recurso. A palavra dos agentes de trânsito, mesmo sem prova alguma da infração, sempre prevalece.
Quem comete infração te mais é que ser multado e não pode reclamar. O problema é a multa sem critério. Os guardas municipais não sabem não porque estão multando, mas metem a caneta ou os dedos na maquininha.