● Elizeu Pires
Reportagens de agosto de 2016 veiculadas por jornais da Região Sul Fluminense poderão ajudar a jogar por terra a principal linha da defesa do ex-prefeito de Itatiaia, Eduardo Guedes, que tenta reaver no Supremo Tribunal Federal (STF) o comando administrativo da cidade do Sul Fluminense sob o argumento de ‘precariedade’ em sua ascensão ao cargo de prefeito em julho de 2016.
De acordo com a defesa, Dudu era secretário da Câmara na época em que o então prefeito Luiz Carlos Ferreira Bastos, o Ypê, teve o mandato cassado, e assumiu em razão de atestados médicos apresentados pelo então presidente da Casa de Leis Jair Balbino, o Jair Porquinho, e Imberê Moreira, respectivamente presidente e vice-presidente, primeiro e segundo na linha sucessória de Ypê.
Mas, ao que tudo indica, a tal ‘precariedade’ de Dudu durou pouco mais de 30 dias, uma vez que, segundo as reportagens da época, Jair Porquinho e Imberê renunciaram aos seus cargos, possivelmente para não terem que assumir a Prefeitura após o afastamento médico e ficarem impedidos de tentar disputar a reeleição de vereador daquele ano.
No caso de Dudu, pelo andar da carruagem, ele estava mesmo determinado a continuar segurando a ‘caneta de ouro’ de Itatiaia, tanto que se candidatou a presidente da Câmara após a renúncia de Jair Porquinho e Imberê em uma eleição que aconteceu no dia 9 de agosto de 2016 para a formação de uma nova mesa diretora, dia que também colocou fim à tal ‘precariedade’ alegada por ele e que não deve ter chegado ao conhecimento do Ministro Ricardo Ricardo Lewandowski, relator da liminar que suspendeu a eleição suplementar marcada para o dia 12 de setembro, e muito menos à Procuradoria Geral da República (PGR).
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