
Legendas querem alternância no Poder Legislativo e PMDB está dividido sobre sucessão no governo municipal
Uma Câmara renovada, sem vícios e sem os riscos de se pretender fazer de mandatos uma representação comercial e não dos verdadeiros interesses do povo. Esse é o propósito de alguns partidos com diretórios no município de Magé. Os últimos acontecimentos políticos na cidade, com a grande maioria dos membros do Legislativo só descobrindo o dever de fiscalizar depois que o vice-prefeito Claudio Ferreira Rodrigues, o Claudio da Pakera renunciou o mandando e deixou o caminho livre para o presidente da Casa, Rafael Santos de Souza, o Tubarão, sentar na cadeira de prefeito em eventual impedimento do titular, apertou o gatilho para uma campanha de conscientização que vai ganhar às ruas no período eleitoral e já vem sendo feita internamente por vários setores. A proposta é por gente nova na Câmara e pela eleição de um maior número de mulheres possível. Se isso realmente acontecer será Magé mostrando amadurecimento depois de um longo período de opressão e acomodação política.
Desde 2008 que o índice de renovação na Câmara de Vereadores de Magé tem ficado em torno de 50%, mas isso não pode ser creditado apenas à opção dos eleitores. Dos 13 parlamentares eleitos naquele ano sete não foram reeleitos em 2012, quando passou valer a nova formação da Casa, ampliada de 13 para 17 cadeiras, mas entre os que não renovaram mandatos dois foram porque ficaram sem legenda para concorrer (Valdeck da Silva e Anderson Cozzolino), um por impedimento judicial (Amsterdam Santos Viana) e outro porque optou por outra cidade (Genivaldo Ferreira Nogueira), mas acabou impedido também. Daqueles 13 retornaram à Câmara Werner Saraiva, Rafael Santos de Souza, Carlos Prata, Leandro Rodrigues, Leonardo Franco Pereira, Paulo Portugal e Carlos da Silva Ferreira, mas Waldemiro Amorim, que já havia cumprido um mandato anterior conseguiu voltar à Câmara.
Em relação à sucessão no governo municipal o racha no PMDB está cada vez mais visível. O comando da legenda no município que antes mostrava certa restrição ao nome de Ricardo Correa de Barros, o Ricardo da Karol, agora já não vê com bons olhos uma possível virada de mesa, a quebra do acordo feito no diretório estadual em torno do nome dele. A corrente regional está mais pendente hoje para o suplente de deputado federal em exercício de mandato José Augusto Nalin, mas novas avaliações a partir de análises de consultas encomendadas para consumo interno estão pesando no PMDB local, que também está levando em conta o pensamento inconstante de Nalin em relação a uma eventual disputa pelo mandato de prefeito, pois ele demonstra estar gostando de ser parlamentar mesmo não sendo o dono da cadeira que ocupa em Brasília.