Esquema envolve mais de 60 policiais e o Grupamento Aeromóvel

Começou este mês e vai até o dia 15 de setembro o programa Linha Verde do Disque-Denúncia do Rio dentro da 17ª edição da campanha de combate e prevenção à prática de confecção, comercialização, soltura e realização de festivais de balões. Este ano a campanha conta um efetivo de mais de 60 policiais, além do Grupamento Aeromóvel (GAM).  A campanha conta ainda com o suporte de um helicóptero, duas embarcações e 18 viaturas para ações nas cidades da Região Metropolitana e da Baixada Fluminense. As denúncias podem ser feitas anonimamente através do telefone 0300 253 1177.

Desde 1965 que o Código Florestal proíbe a soltura de balões, mas a proibição não inibe os grupos de baloeiros e é entre abril e junho que ocorre o maior número de casos de acidentes com os artefatos, problema que é ainda agravado pela menor umidade do ar comum no outono. Os riscos de os balões atingirem instalações industriais como as refinarias de petróleo são grandes, bem como a ameaça ao espaço aéreo. “Quando um balão cai na mata, geralmente é um local de difícil acesso ou até mesmo inacessível. O problema se concentra aí, pois se é difícil para os grupos de resgate, também é difícil para os bombeiros e guarda-parques. O combate passa a ser mais demorado e muito caro, já que muitas vezes é preciso usar um helicóptero. Por conta da dificuldade em chegar ao local, o maior prejudicado é o meio ambiente. Esse é um prejuízo difícil de reverter”, diz José Maurício Padrone, da Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais.

Nos últimos dias a Policia Militar já prendeu dez pessoas e foram apreendeu 25 balões, oito fogos de artifícios e mais 58 materiais diversos para a fabricação em 15 operações realizadas. No ano passado o Linha Verde registrou 7.535 denúncias referente a crimes ambientais, 219 de prática de comercialização, confecção, soltura de balões e grupos de baloeiros. Em 2015 25 pessoas foram presas e cerca de 500 balões apreendidos.