Na mira do MP e da PF por “emergência fabricada”, Saúde de Nova Iguaçu oferece gestão de maternidade por até R$ 228,6 milhões

● Elizeu Pires

A Secretaria Municipal de Saúde de Nova Iguaçu marcou para o dia 14 de junho a seleção pública por meio da qual pretende escolher a instituição que se encarregará de gerir a Maternidade Mariana Bulhões, cuja gestão está cargo hoje da organização social Instituto de Desenvolvimento, Ensino e Assistência à Saúde (IDEAS), contratada sem licitação por um período de seis meses e valor global de R$ 46,8 milhões, através de um processo que o Ministério Público classificou de “emergência fabricada”.

De acordo com o edital, o novo contrato será de dois anos, ao custo global estimado em até R$ 228,6 milhões. Considerando o valor atual fixado para seis meses, o novo contrato será R$ 41,1 milhões mais caro. Se o IDEAS tivesse sido contratado por 12 meses, tomando por base o acertado por 180 dias, o contrato seria de R$ 93.785.149,80, o que daria R$ 187.570.299,60 em dois anos.

Hospital da Posse – Também sob administração do IDEAS, contratado na mesma “emergência fabricada” no entendimento do MP, o Hospital Geral de Nova Iguaçu, mais conhecido como Hospital da Posse, terá sua gestão licitada amanhã (31), mas a aposta no mercado é de que tudo fique como está.

O contrato atual é de seis meses e foi firmado por R$ 137.932.075,62 ou R$ 275,8 milhões, se o período contratado fosse de um ano. Com licitação o contrato será de dois anos, e o Fundo Municipal de Saúde está disposto a pagar R$ 631,8 milhões por ele, o que equivale a dizer que com o devido processo licitatório a administração do Hospital da Posse, vai custar muito mais aos cofres públicos. Pelo que está no edital, o valor global estimado pela Secretaria Municipal de Saúde é de R$ 631.843.927,92, o que vai dar R$ 315,9 milhões por ano, R$ 157,9 milhões em seis meses ou R$ 26,3 milhões por mês.

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