OS que atua em Barra Mansa estaria a caminho de Nova Iguaçu, onde a saúde virou um bom negócio para entidades ditas sem fins lucrativos

● Elizeu Pires

Depois do Hospital da Posse, uma maternidade e UPAs, chegou a vez das unidades do programa Clínica da Família serem entregues ao controle de uma “instituição sem fins lucrativos”

Constando como sediada no município de Barra Mansa, a Organização Social Centro de Medicina e Projetos Especiais (CEMPES), está sendo muito citada nos setores de poder em Nova Iguaçu, mais precisamente em ambientes da Secretaria Municipal de Saúde. Coincidentemente está marcada para 19 de setembro uma nova seleção pública, essa para entregar as unidades de atenção primária ao controle de mais uma entidade dita sem fins lucrativos, como o Instituto de Medicina e Projeto (IMP), que passou a ser chamado na Baixada Fluminense de “OS sem dono”, depois que seu presidente, Alexandre dos Santos Abreu, em matéria veiculada pela TV Globo no dia 11 de julho, negou que integra os quadros da instituição.

Também passou a circular nos últimos dias nos corredores do poder que há uma preocupação em substituir o IMP, rompendo os dois contratos que essa organização social que está sob investigação do Ministério Público ainda tem com o Fundo Municipal de Saúde. São os contratos 01 e 02, firmados em 2020 para gestão das UPAs Patrícia Marinho e Carlinhos da Tinguá, que foram turbinados através de termos aditivos assinados pelo secretário Luiz Carlos Nobre Cavalcanti no ano passado.

Aberta em 2013, a OS Centro de Medicina e Projetos Especiais tinha como sede, até 2021, o a sala 01 do prédio de número 1200 da Avenida Dedo de Deus, em Guapimirim. No dia 1 de outubro daquele ano foi aprovada em assembleia a mudança para a Rua Monsenhor Lustosa, 25, Centro, Barra Mansa, onde a CEMPES tem contrato com a Secretaria Municipal de Saúde desde 2019.

A CEMPES foi contratado inicialmente por R$ 28.150.162,58 para “gerenciamento, operalização e execução das ações dos serviços em saúde da família, saúde mental, vigilância em saúde, doenças crônicas e consultório na rua”. Estendido até 2024, o contrato firmado em 11 de fevereiro de 2019, está hoje em cerca de R$ 40 milhões.

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