Aposta nos ambientes de poder é de que Lucinha conseguirá manter sua cadeira na Alerj mesmo que relator se posicione pela cassação

● Elizeu Pires

O posicionamento da Comissão de Ética por si só não tira o mandato de Lucinha – Foto: Alerj

Alvo da Operação Batismo, realizada em 18 de dezembro de 2023 pelo Ministério Público, no âmbito de inquérito que apura possível envolvimento dela com a milicia comandada por Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, irmão de Wellington da Silva Braga, o Ecko, morto em junho de 2021, a deputada Lúcia Helena Pinto de Barros (PSD), mais conhecida como Lucinha, entregou ontem (10) as alegações finais no processo que tramita contra ela no Conselho de Ética da Assembleia Legislativa (Alerj). A batata quente está nas mãos do deputado Vinícius Cozzolino (União Brasil), que atua como relator e tem até o dia 19 de junho para apresentar seu voto em parecer, que se for pela cassação, terá de passar pelo crivo do plenário.

Embora para que a cassação aconteça sejam necessários apenas 36 votos, ontem mesmo já começou a rolar nos ambientes de poder o entendimento de que dificilmente a parlamentar venha perder o mandato, embora o consenso seja de que o documento a ser exarado pelo relator vá propor a cassação.

No dia da operação agentes da Polícia Federal apreenderam duas pistolas e cerca de R$ 140 mil na residência da deputada, e ação recebeu o nome de Batismo, segundo o MP, por conta da alcunha ‘Madrinha’, “maneira como lideranças do grupo criminoso intitulam a parlamentar”.

A suspeita é de a deputada teria atuado para tentar soltar presos em flagrante e agido politicamente para trocar o comando do 27º Batalhão da Polícia Militar, sediado em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio.

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