Empresa que fez levamentos recentes em Casimiro de Abreu e Resende é denunciada à Justiça por pesquisa apontada como fraudulenta em Caxias

● Elizeu Pires

Denunciado pelo Ministério Público por suposto esquema de fraude de licitação na Prefeitura de Silva Jardim, durante a gestão do prefeito Anderson Alexandre, o empresário Ricardo Machado Mariath, volta ao olho do furacão, desta vez por conta de uma pesquisa de intenção de votos realizada no município de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, levantamento que apontou resultado muito diferente de duas pesquisas feitas pela renomada Quaest, empresa de alta credibilidade que presta serviços aos maiores veículos de comunicação do país.

Na última quarta-feira (4), a advogada da campanha de José Camilo dos Santos, o Zito, candidato a prefeito pelo PL, Vânia Siciliano Aieta,  ajuizou uma ação investigação judicial eleitoral na 126ª  ZE, “por abuso de poder de mídia e econômico, por divulgação de pesquisa com indícios fraudulentos, diante da ausência de seriedade dos meios empregados e com financiadores ocultos”, contra o candidato do MDB, Netinho Reis e os donos da empresa Costa e Mariath, que tem como nome fantasia Intelligence Pesquisa e Comunicação, Ricardo Machado Mariath e Marcio Bartolomeu Azevedo da Costa.

Mariath é um velho conhecido do Ministério Público e tem suas pesquisas de intenção de votos questionadas desde muito tempo. Atualmente, além da ação ajuizada em Duque de Caxias, há procedimentos sobre levantamentos feitos pela empresa dele em Rio Bonito, Rio das Ostras e Cachoeiras de Macacu, e mais uma representação deverá ser protocolizada em Resende.

Na ação a advogada cita que “enquanto o instituto Quaest é amplamente reconhecido no mercado, realizando pesquisas contratadas por renomados veículos de imprensa, em grandes capitais brasileiras, o Instituto Intelligence, nome fantasia da empresa Costa e Mariath Ltda, é capitaneado por Ricardo Machado Mariath, que já foi investigado em diversos municípios do Rio de Janeiro pela realização de pesquisas suspeitas”.

A advogada cita ainda que “fortes indícios de que a referida pesquisa não foi custeada com recursos próprios da empresa Costa e Mariath, podendo ter sido custeada por terceiros, atualmente ocultos, com interesse em beneficiar a candidatura que apareceu em primeiro lugar no levantamento em questão”.

*O espaço está aberto para manifestação dos citados na matéria

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