● Elizeu Pires
Com 10 dos 11 vereadores eleitos para a próxima formação da Câmara de Vereadores, o prefeito de Itaguaí, Ruben Vieira de Souza, o Dr. Rubão (foto), mesmo ainda dependendo de uma decisão judicial para saber se toma posse ou não em janeiro, anda cantando vitória entre os seus, não por certeza de vencer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde ninguém acredita que consiga um resultado a seu favor, mas em relação à Câmara de Vereadores, de onde vai sair quem governará o município até a realização de uma eleição suplementar, caso seu registro de candidatura seja mantido impugnado em decisão transitada em julgado.
É que sua coligação elegeu 10 dos 11 escolhidos para comporem o Poder Legislativo a partir de 1 de janeiro, o que garante a Rubão um presidente aliado, que, consequentemente, poderá ser o prefeito interino.
Rubão disputou as eleições por sua conta e risco, uma vez que teve a candidatura impugnada, pois o entendimento jurídico é de que ele já está na condição de reeleito e não pode ter um terceiro mandato consecutivo. Ele já sabia de sua situação e tinha conhecimento de que a votação obtida poderia não ser validada.
Para alguns observadores, a estratégia do prefeito era tumultuar o processo eleitoral, insistindo em concorrer a um terceiro mandato, para, de alguma forma, assegurar ao seu grupo político o controle do município, pois sem um prefeito declarado eleito até 31 de dezembro, quem assume o governo em 1º de janeiro é o presidente da Câmara, e esse pode muito bem ser um aliado de confiança, que sentado na cadeira de prefeito vai governando interinamente até uma definição no TSE, o que daria tempo suficiente para Rubão dar o segundo passo: já sabedor do tamanho do adversário mais forte (Donizete Jesus, que teve 28,24% dos votos), ele declararia apoio a alguém, possivelmente ao interino se esse lhe estiver agradando, e liquidaria a fatura na eleição suplementar.
Matérias relacionadas:
E Rubão conseguiu o que queria… tumultuar o processo eleitoral para provocar um pleito suplementar