Tentativa de cassação de vereadores está sendo vista como instrumento de pressão por votos para presidência da Câmara de Belford Roxo

● Elizeu Pires

Limite, ao que parece, é palavra desconhecida para o presidente da Câmara de Belford Roxo, Markinho Gandra (União). Quando pensam que ele chegou até onde racionalmente se poderia ir, ele estica ainda mais a corda.

Depois de abrir processo de impeachment contra o prefeito Wagner dos Santos Carneiro, o Waguinho (Republicanos), Gandra agora está mirando cinco vereadores do bloco de sustentação do governo, quatro deles reeleitos, o que está sendo visto por observadores mais atentos, como “manobra para garantir votos na eleição de presidente da Casa”.

Os alvos da vez são os vereadores Armandinho Penélis e Tuninho Medeiros, reeleitos pelo Republicanos; Nuna do Waguinho, reeleito no PSD; Júlio Piu, do Agir, e o não reeleito Daniel Silva de Lima, o Danielzinho (Republicanos). Eles foram notificados pelo 1º Secretário da Câmara, o vereador Rodrigo com a Força do Povo (PL) – apontados por alguns por lá como “ajudante de ordem” de Gandra – para apresentarem defesa em cinco dias, uma vez que estão sendo acusados de faltas excessivas às reuniões ordinárias e de manterem seus gabinetes fechados.

O presidente da Casa jura que está fazendo valer a Lei Orgânica do Município (LOM), mas nos meios políticos o que dizem que é estariam mirando a eleição para compor a mesa diretora a partir de 1º de janeiro, porque com 15 vereadores eleitos, o grupo prefeito Waguinho elegeria fácil o novo comando da Casa.

“Quem sabia uma certa dose de pressão não faria os quatro reeleitos que mudarem de ideia?” Perguntam por lá

*O espaço está aberto para manifestação dos citados na matéria

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