● Elizeu Pires
Na última segunda-feira (9), trabalhadores que atuam na coleta de lixo em Rio das Ostras, serviço prestado pela Delurb Ambiental, cruzaram os braços em protesto, sob o argumento de que há pelo menos dois anos viriam sofrendo “maus-tratos e humilhações” por parte do funcionário responsável pela fiscalização. Entretanto, o contrato da empresa foi reajustado via termo aditivo publicado 4 dias antes da paralisação, com o valor global fixado em R$ 10,1 milhões, quase o dobro do inicialmente homologado pela gestão do prefeito Marcelino Dias Borba, o Marcelino da Farmácia.
Exigindo a substituição do tal funcionário, os coletores de lixo deixaram de atender pelo menos 10 bairros. Em relação à manifestação dos trabalhadores revoltados, a Secretaria do Meio Ambiente, limitou-se a dizer em nota que a empresa seria notificada e autuada”, e que a Prefeitura está em dia com a contratada.
Valor quase que dobrado – A Delurb Ambiental que já recebeu mais de R$ 9 milhões da Prefeitura este ano, foi contratada inicialmente por R$ 5,777.757,55, por um período de um ano de prestação de serviços, mas o contrato 209, assinado em 16 de novembro de 2022, recebeu dois aumentos em menos de um ano.
No dia 23 de agosto de 2023, por meio do termo aditivo 01, o contrato foi turbinado em R$ 2.027.145,33, com o valor global sendo elevado a R$ 7.804.904,88. Só que no dia 4 de outubro do mesmo ano, menos de dois meses depois, veio outro termo aditivo e o contrato subiu para R$ 9.123.988,45, voltando a ser reajustado em julho deste ano para R$ 9.475.559,37.
Agora, mais precisamente no dia 4 de dezembro, foi publicado o sexto termo aditivo, com o valor do contrato fixado em R$ 10.132.066,64.
*O espaço está aberto para manifestação da Prefeitura e da empresa citada na matéria