Esquema de compra de votos já teria começado em Magé

Agenciadores estariam recebendo R$ 120 por semana para colher dados de eleitores

Ainda faltam quatro meses para as eleições de outubro, quando, no dia 5 de outubro eleitores do Brasil inteiro irão às urnas para eleger o presidente da República, governadores, senadores, deputados federais e estaduais, mas uma movimentação criminosa já estaria acontecendo nos porões do submundo político de Magé, a abominável compra de votos. De acordo com denúncias às quais o elizeupires.com teve acesso, agenciadores, inclusive donas de casas, teriam sido recrutados para recolher dados de eleitores e cópias de títulos, recebendo pagamento semanal de R$ 120.

A segundo a denúncia, o esquema estaria funcionando em vários bairros do município, mas seria mais forte na periferia das localidades de Mauá, Piabetá e Fragoso. Os agenciadores atuariam sob a alegação de arregimentar pessoas para trabalharem para determinados candidatos no dia eleição fazendo “boca de urna”, o que é proibido por lei. Fazer “boca de urna” era trabalhar distribuindo panfletos nas proximidades dos locais de votação no dia pleito, o que já não é mais perdido. Hoje, “boca de urna”, é o apelido da compra de voto, com o eleitor recrutado recebendo entre R$ 50 e R$ 100, para votar.

Segundo informações chegadas ontem à noite ao elizeupires.com, uma lista com vários nomes e endereços dos possíveis agenciadores será apresentada às autoridades nos próximos dias para que providências. No caso da compra de votos apelidada de “boca de urna”, a orientação é responsabilizar judicialmente o comprador e o eleitor que vendeu o voto, pois ambos estão cometendo crime.

Comentários:

  1. A compra de votos é forte e atuante no final das ruas Guarani, Japonês e Da Guia aqui em Piabetá. Tem muita gente encarregada de recolher título.

  2. Boa tarde. Quando preservamos a fonte que nos encaminha uma denúncia estamos preservando-a do público, mas sabemos muito bem quem ela é. A lei garante ao jornalista o direito de preservar sua fonte, mas a identidade da fonte tem de ser de nosso conhecimento, pois precisamos checar a informação que nos é passada. Portanto, nos enviar mensagens anônimas com denúncia é perda de tempo, pois não nos ajuda na apuração e sem uma checagem não podemos produzir uma matéria. Jornalismo é coisa séria e o elizeupires.com não é um fake de rede social. Obrigado pela compreensão.

    1. Elizeu, em se tratando de Magé usa-se muito o anonimato para atacar os outros. Tem gente que pensa que todos são irresponsáveis. Esse tipo de gente não passa um e-mail para você. Prefere mensagem anônima falando do que não podem provar, pois não tem base alguma, pensando que você vai embarcar na delas.

      1. Elaine, não concordo com quase nada do seu comentário. O anonimato não é exclusivo do mageense e convenhamos, você é tão anônima quanto qualquer outro anônimo que acompanha o Elizeu. Só eu conheço umas dez Elaines. De resto, usar o anonimato para atacar/denunciar pessoas ou atos sem ter provas realmente é um ato covarde.

    2. Sabemos ser Elizeupires painel informativo social e politico na Baixada.Há longa data conhecido, sabe aliar o carater informativo ao aspecto social e acautelar se de vinculações partidarias.Aprendeu a trabalhar em terreno nem sempre sedimentado pela reciprocidade de compromissos as quais levaram seus contemporaneos a descambar para o descrédito e até para a morte.Dificil é perseguir o mesmo ideal.

  3. Compra de voto é coisa crida pelo próprio politico, e essa é a unica forma de se beneficiar deles. Mas nada!
    Não concordo com tal pratica.Eles finge que são honestos e enche o povo de promessas esfarrapadas, queriam o que!
    A justiça pode ate punir o ferrado que vendeu seu voto para comprar um pão. Mas pago pra ver os verdadeiros canalhas punido…

  4. Não entendo o que querem dizer, se o existe o mau político, ou o mal político.Ambas as conotações tem significado diferente, se observada a terminologia e tambem a sinonimia.O processo eleitoral ainda vai demorar a chegar a bom termo, mas, o eleitor consciente está mais exigente e, igualmente, mais cauteloso na escolha do preferido.E a campanha , embora no inicio, ainda não se apercebeu disso.

  5. Amigos, exponho aqui algumas perguntas para debate:

    Se vocês recebessem uma proposta de compra de votos por R$ 50,00 e fossem vocês um pai de família, analfabeto, desempregado, doente, com fome, sem perspectivas de melhoras e com quatro filhos e mulher também passando fome e doentes, o que vocês fariam? Pergunto mais, vocês conhecem alguém assim em Magé?

    O problema está no cumprimento das Leis. Leis existem, são burladas e nada é feito. Quem deveria ser preso não é.

    1. Esse pai de familia deve procurar o serviço social e requerer o bolsa familia, que é muito mais que $50,00.
      A maioria não precisa vender o voto, ele vende porque é “burro”, e gosta de levar vantagem, porém paga a vida toda por esse erro

      1. Prezado Fragoso, 32% da população de Magé vive abaixo da linha da pobreza, ou seja, com menos de meio salário mínimo por mês. Este número explica muito bem a explosão de compra/venda de votos em nossa cidade. Quanto ao bolsa família, faz-me rir, ele não é para todos. Sugiro que você visite os bairros Partido em Suruí e Vila Liberdade em Magé e lá, você verá porque votos são vendidos.

        Respeito sua opinião, mas não concordo com ela. Você só analisou o pai de família. E os políticos?

  6. Nossa cultura política ainda mantem ranços do folclore eleitoral, principalmente, se liderada por candidato sem caracteristicas de apelo popular ou comunitário.A compra e venda apenas nivelam o comprador com o vendedor.

  7. Anonimo se esquece que os atores dessa comédia eleitoral estão cientes da pobreza do povo, não só de Magé.Mas no processo eleitoral tambem faz parte a justiça e esta, se tiver capacidade de fiscalisação, fatalmente enviará para a Promotoria os atores mambembes desse circo de periferia.

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