Legislativo gasta uma média de R$ 120 mil por cada sessão itinerante
Programadas para serem realizadas uma vez por mês nos bairros da cidade, as sessões do projeto Câmara Itinerante, implantado há quatro anos pelo Poder Legislativo de Macaé, seriam de grande proveito se resultassem em algo positivo para os moradores e não pesassem tanto no bolso do contribuinte. De acordo com estimativas de fontes da própria Casa, desde a primeira reunião, em julho de 2010, as sessões já teriam custado cerca de R$ 4 milhões e vão custar mais de R$ 1,4 milhão nos próximos doze meses, dinheiro que sai da arrecadação total do município. Sem receita própria, pois nada arrecada, o Legislativo recebe repasses mensais do Poder Executivo e, no caso de Macaé, os repasses totais deste ano deverão passar de R$ 50 milhões, um orçamento superior aos de muitos municípios brasileiros.
Marcada por contratos de prestação de serviços firmados de forma nada transparentes, a partir de processos licitatórios idem, a mesa diretora da Casa, comandada pelo vereador Eduardo Cardoso, contratou, no mês passado, a micro empresa Pan Produções Artísticas e Culturais para a realização das sessões, instalando uma estrutura composta de duas tendas, cadeiras de plástico e sistema de som. O contrato tem o valor total de R$ 1,444 milhão, uma média de R$ 120 mil por cada sessão, considerando os doze meses do ano e o fato de elas só acontecerem uma vez por mês.
Se não mostra transparência com os gastos públicos, a Câmara de Vereadores de Macaé não se fecha na hora de fazer altas despesas mal explicadas: vai gastar este ano mais de R$ 1 milhão com o aluguel de 17 veículos (o suficiente para comprar mais de 30 carros populares) e comprometeu R$ 1,319 milhão na compra de móveis para os gabinetes dos vereadores. O presidente da Câmara foi procurado para falar sobre o assunto, mas não foi encontrado e a assessoria de imprensa da Casa também não se pronunciou.
Essa nossa Câmara sempre foi perdulária. Pagamos muito caro por um legislativo inoperante.
Que sessãozinha cara essa, minha gente.
Cara, muito cara. Cara e supérflua a Câmara Municipal de Macaé.