Dnit confirma para agosto início das obras na Magé-Manilha

Mas além desse trecho faltam um viaduto, três passarelas e alças de acesso para concluir o Arco Metropolitano

A inauguração da Rodovia Raphael de Almeida Magalhães, trecho mais novo da BR-493, não marcou a conclusão do Arco Metropolitano. Trata-se da extensão maior do arco, mas a nova via expressa do Rio de Janeiro só terá sido concluída quando forem executadas as obras de duplicação do seu trecho menor, a Estrada Magé-Manilha, que vai de Santa Guilhermina, no município de Magé, a Itambi, em Itaboraí, que serão iniciadas em agosto, segundo cofirmou o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). Os 71,2 quilômetros da Rafhael de Almeida Magalhães já foram liberados ao tráfego, mas ainda falta a conclusão de um viaduto, três passarelas e as alças de acesso aos municípios de Nova Iguaçu, Queimados e Japeri, além da instalação de placas de sinalização.

Em toda a sua extensão a rodovia tem um percurso de cerca 145 quilômetros e se conecta com todas as estradas federais em território fluminense, integrando os municípios de Magé, Guapimirim, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Japeri e Seropédica. São 25,2 quilômetros de Itambi a Santa Guilhermina (BR-493), 22 quilômetros de Santa Guilhermina a Saracuruna (BR-116), 71,2 quilômetros de Saracurna a Itaguai (BR-493) e mais 26 quilômetros de Itacuruça a Mangaratiba (BR-101-Sul, Rio-Santos). “O que caracteriza o arco é a imensa oportunidade que ele abre do ponto de vista da logística, ligando rodovias e porto. O Arco Metropolitano vai gerar oportunidades sociais e econômicas”, disse a presidente Dilma Roussef na solenidade de inauguração.

Segundo estimativa do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), inicialmente o arco deverá ter um tráfego de 30 mil veículos por dia, chegando a 45 mil em 2030. A via expressa foi projetada para desafogar as entradas e saídas do Rio, como a Ponte Rio-Niterói, Avenida Brasil, Linhas Vermelha e Amarela, além das rodovias Washington Luiz e Presidente Dutra.

Os estudos apontam que o Arco Metropolitano vai consolidar o estado do Rio como um dos principais centros logísticos do país, além de impulsionar o desenvolvimento econômico, gerando emprego e renda principalmente na Baixada Fluminense. A via será essencial ainda para o crescimento do segmento de cargas, dando mais agilidade, qualidade e rapidez ao setor de transportes. Segundo análise da Federação das Indústrias do Estado do Rio (Firjan), haverá uma redução de até 20% no custo dos transportes de cargas.

A Firjan revela que as cidades da Baixada diretamente influenciadas pelo Arco Metropolitano já começaram a se beneficiar. Grandes indústrias e centros de distribuição de produtos e mercadorias estão se instalando no entorno da rodovia, onde, no momento, há 38 empreendimentos entre licenciados e em licenciamento ambiental para se instalar em algum ponto do entorno do arco. A Firjan aponta que a obra deve alavancar o PIB (Produto Interno Bruto) do estado em R$ 1,8 bilhão. “O Arco Metropolitano vai impulsionar a economia do estado, gerando empregos, principalmente na Baixada Fluminense, que vai se transformar em uma grande área de logística”, disse o secretário de Obras, Hudson Braga.

Considerando apenas as empresas que se beneficiaram da Lei 5.636 – a chamada Lei Cabral, que estendeu os benefícios de redução do ICMS de 19% para 2% para alguns municípios da Região Metropolitana -, já são dois mil empregos gerados, com R$ 280 milhões em investimentos anunciados para os municípios enquadrados (Japeri, Paracambi e Queimados), sem considerar investimentos ainda não enquadrados na Lei ou aqueles que ficam de fora deste benefício. Já Itaguaí é considerado o principal foco dos grandes investimentos por causa do porto instalado no município. Entre os projetos já anunciados para a cidade, destaca-se a construção do estaleiro da Marinha, com aporte de R$ 5 bilhões.