Vagas de aprovados em concurso ficam com “lanternas” em Macaé

Prefeito emprega profissionais classificados nas últimas colocações e até reprovados

 

A gestão da moralidade que consertaria a administração, reparando distorções e corrigindo os erros, prometida pelo prefeito de Macaé, Aluizio dos Santos Junior (PV), pode ter ficado apenas no discurso, com ele se deixando levar pelos mesmos vícios das gestões anteriores. Pelo menos é o que sugerem as contratações temporárias de servidores para atuar nas unidades do Programa Saúde da Família (PSF), em cargos para os quais fora realizado um concurso público em 2012.  Passando por cima dos aprovados dentro do número de vagas existentes na rede, o prefeito resolveu contratar, por exemplo, duas assistentes sociais classificadas nas 430ª e 637ª colocações. Se prevalecesse a legalidade prometida essas duas profissionais jamais teriam sido chamadas. Os absurdos, não param por aí: ele também está mantendo em lugar de concursados até quem não conseguiu ser aprovado.

Alegando necessidade de “manter as unidades em amplo funcionamento” até que os aprovados convocados possam ser empossados, Aluizio renovou vários contratos temporários, inclusive para as funções de nutricionista e motorista, para as quais a Prefeitura ainda não chamou nenhum candidato aprovado. De acordo com denúncias dos aprovados, “o prefeito está fazendo isso para privilegiar pessoas indicadas por vereadores de sua base de sustentação”, o que seria o caso das contratadas para as duas vagas de nutricionista existentes no PSF: elas fizeram o concurso, mas não conseguiram nem se classificar.

Além dos absurdos citados até agora, as duas vagas de fisioterapeuta oferecidas no concurso estão sendo ocupadas pelas 61ª e 219ª colocadas no processo seletivo, sendo que a 219ª classificada foi contratada no dia 11 de abril do ano passado, ainda não teve o contrato renovado, mas continua trabalhando normalmente. Assim como nas funções nutricionista e motorista, a Prefeitura ainda não convocou nenhum aprovado para os cargos de fisioterapeuta e assistente social, o que será levado ao conhecimento do Ministério Público ainda esta semana.