Empresário é quem estaria governando Araruama

Teria indicado, inclusive, um ex-empregado para ser o pregoeiro da Prefeitura

Os quase seis meses de afastamento imposto pela Justiça ao prefeito de Araruama, Miguel Jeovani (PR), por conta de denúncias de fraudes em processos licitatórios, ao que parece, não lhe serviu de lição. Pelo menos é isso que sugere o retorno de sua éminence grise (eminência parda), o empresário Elson Silva Filho, apontado como o verdadeiro mandatário do município, o homem que te fato estaria governando, embora não tenha recebido um voto sequer. De acordo com um grupo de vereadores, uma comissão de inquérito poderá ser instalada a qualquer momento para apurar suposta ingerência de Elson nos assuntos do governo, principalmente nos processos licitatórios. Segundo o grupo, a força do empresário é tanta que a nomeação do novo pregoeiro do município (o responsável pelas licitações de compras e contratações de empresas prestadoras de serviços), teria sido imposta por ele. Valter Borges de Mendonça, matrícula 903160-5, seria ex-funcionário da empresa de Elson.

Miguel foi afastado pela Justiça no dia 28 de janeiro em decisão liminar do juízo da 2ª Vara Cível da comarca local, atendendo pedido da 1ª Promotoria de Tutela Coletiva de Araruama, que, como o elizeupires.com já havia noticiado, vinha investigando denúncias de irregularidades em processos licitatórios para a compra de merenda escolar. O MP apontou o uso de empresas de fachada, que teriam sido montadas unicamente para venderem para a Prefeitura na gestão de Miguel, principalmente para o setor de educação.

Na manhã do dia 28 de janeiro, uma terça-feira, 33 agentes do Grupo de Apoio aos Promotores (GAP) fizeram uma operação na sede do governo, além de busca em escritórios de empresas fornecedoras da Prefeitura, apreendendo documentos e computadores. Não houve prisões, pois os mandados expedidos pela Justiça autorizaram apenas busca e apreensão. Miguel retornou ao cargo por força de uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que, no dia 2 de julho, suspendeu os efeitos da liminar concedida ao MP.

Comentários:

  1. “…uma comissão de inquérito poderá ser instalada a qualquer momento para apurar suposta ingerência de Elcio nos assuntos do governo, principalmente nos processos licitatórios”. Duvido que isso realmente aconteça.

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