O prefeito de Macaé, cidade do norte fluminense, Aluízio dos Santos Junior, vai ter de explicar ao Ministério Público e ao Poder Judiciário o repasse de R$ 150 mil para o Centro Social Juliana Barros, que seria de utilidade política para o vereador Júlio Cesar Barros, o Julinho do Aeroporto, candidato a deputado estadual pela coligação PRTB/PPL. O CSJB foi fechado no último dia 11 por agentes de fiscalização do Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro (TRE-RJ), que apreenderam, além do comprovante do repasse do dinheiro, propaganda eleitoral de Julinho, fichas de filiação ao PPL (partido comandado pelo vereador no município) e guias do Sistema Único de Saúde (SUS), para encaminhamento de pacientes.
O centro social funciona no prédio de número 413 da Avenida Pestalozi, no bairro Aeroporto. O imóvel foi declarado ao TRE-RJ como de propriedade do vereador – que é o líder do governo na Câmara – com valor estimado em R$ 79 mil. O repasse para o Centro Social Juliana Barros foi feito através de depósito bancário pelo Fundo Municipal de Saúde (FMS), que gere todos os recursos destinados á rede municipal de atendimento médico, inclusive as verbas destinadas ao município pelo governo federal através do Sistema Único de Saúde (SUS).
O repasse de recursos públicos a centros sociais, Ongs e outras instituições ligadas a políticos não é nenhuma novidade no município de Macaé para financiar o assistencialismo, uma grande fonte geradora de votos. Nos últimos anos a Justiça e o Ministério Público têm fechado o cerco aos centros sociais e, somente nos últimos dois meses, já foram interditados oito dessas instituições em vários pontos do estado.
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Esse centro social garante os consecutivos mandatos do Julinho do Aeroporto.