Contratos irregulares firmados com prefeituras fluminenses geram condenações no Tribunal de Contas e processos por improbidade administrativa
Pelo menos 20 prefeitos e ex-prefeitos de cidades do estado do Rio e Janeiro podem ter a vida pública abreviada por firmarem contratos no mínimo esquisitos com empresas comandadas pelo empresário João Alberto Felippo Barreto, o Joãozinho da Locanty e por organizações de terceirização de mão de obra ligadas a Mário Peixoto, dono da Cooperativa Multiprofissional de Serviços (Multprof). Fora do mercado com a Locanty, alvo de vários inquéritos no Ministério Público e de ações judiciais, Joãozinho se esconde em outras firmas menos notadas, mas detentoras de muitos contratos no Rio. Uma delas, a Space 2000, já começou a sair do anonimato, chamando a atenção das autoridades pelo mesmo motivo que aniquilou o nome Locanty: contratos irregulares e denúncias de superfaturamento. Em relação a Multiprof, há inquéritos sobre contratos firmados em Silva Jardim, Maricá, Mesquita e Seropédica, nessa última com a Locanty incluída. Os negócios envolvendo esse grupo passam de R$ 200 milhões. Somente em Mesquita, município da Baixada Fluminense, o contrato firmado pela Multriprof na gestão do prefeito Artur Messias (PT), foi de R$ 21 milhões, mas a cooperativa não pagou direitos trabalhistas, deixando dezenas de trabalhadores no ora veja.
Conforme o elizeupires.com já noticiou, na semana passada o Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), condenou o prefeito de Seropédica, Alcir Martinazzo e o ex-prefeito Darci dos Anjos a devolverem cerca de R$ 8,7 milhões aos cofres públicos por irregularidades em contratos de terceirização de serviços firmados pela Prefeitura com as empresas Locanty, Multiprof, Marambaia e Locser – Locação de Máquinas.
Com interesses nos município de Valença, Porto Real, Itatiaia e Resende, os donos da falecida Locanty dão sinais através das empresas Própria, Space 2000 e possivelmente outros nomes. A Multiprof, entretanto – tão balançada quanto a Locanty – continua mostrando as caras, apesar dos muitos pepinos e abacaxis plantados nos quintais de prefeitos que se deixaram levar pela conversa mole e a pose de “grandes empresários” feita pelos donos dessas “empresas”.
Este ano, além do prefeito e do ex-prefeito de Seropédica, a Locanty e a Multiprof já levaram à condenação ao pagamento e a devolução de dinheiro gestores como Sílvio de Carvalho (Resende), Artur Messias (Mesquita), Washington Luiz Cardoso Siqueira, Washington Quaquá (Maricá), Lindberg Farias (Nova Iguaçu) e de várias outras cidades.
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Aqui em Mesquita, Elizeu Pires, essa maldita Multiprof desgraçou a vida de muita gente. Foi trazida pelo prefeito Artur Messias. Muitos, como eu, ficaram sem pagamento.
A Multiprof parece uma praga. Vamos mal por onde passa e a Locanty e seus disfarces também.
Aqui em Porto Real, Elizeu, tem Locanty há muito tempo. O nome agora é outro, mas o faturamento é do mesmo grupo. Vergonha, meu caro.
O ex-prefeito Silvio de Carvalho pensa que vai ficar só numa multa de R$ 6.016.50 aplicada pelo TCE os aditivos que ele fez no contrato assinado com a Locanty em 2007. Vem ação de improbidade por aí.
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O mal que a Locanty, junto com Zito, fez em Caxias precisa ser reparado. Foram muitos anos de contratos estranhos e superfaturados. Justiça!
Essa Multiprof eu não sei, mas essa Locanty é barra pesada;
Aqui em Maricá a Multiprof fez o que bem entendeu nessa avacalhada administração do petista Quaquá.
Esses dois grupos, Elizeu, fazem o que bem entendem porque terceirizam serviços suficientes para abrigar apadrinhados dos políticos das cidades onde atuam. Assim passam batidos pelas câmaras de vereadores e não são fiscalizados.
E esse Joãozinho, que começou pequenininho em Caxias, hoje tira onda. Com dinheiro público é mole. Mas a Justiça tem braços longos e firmes. O limite é a lei.