Trabalhador terceirizado da Prefeitura de Silva Jardim custa aos cofres públicos mais que o dobro do que efetivamente recebe no fim do mês

Questionado na Justiça e sob suspeita de irregularidade no processo licitatório, a terceirização de mão de obra feita pela Prefeitura de Silva Jardim através da General Contractor, foi um senhor negócio para a empresa e uma péssima transação para os contribuintes do município, que estão pagando mais que do dobro do que os trabalhadores recebem de salário no final do mês, isso quando recebem em dia, pois o pagamento do salário tem sofrido atraso de até 20 dias. O elizeupires.com teve acesso ao contracheque do mês de abril de um funcionário terceirizado. Ele tem salário base de R$ 740 e, com o desconto para a previdência social recebe R$ 666. Levando em conta o menor salário pago pela administração municipal à empresa por um terceirizado, a General Contractor está lucrando R$ 910,96 sobre esse trabalhador todos os meses.

De acordo com a ata de registro de preços 10/2013, do Pregão Presencial SRP 38/2013, modalidade de licitação adotada para contratar a empresa, a Prefeitura de Silva Jardim paga a General Contractor R$ 1.650,96 por cada copeiro; R$ 1.779,38 pelos auxiliares de cozinha, serviços gerais, cozinheiro e servente; R$ 1.779,39 pelos que trabalham como bombeiro hidráulico, borracheiro, eletricista, pedreiro e pintor; R$ 1.868,13 ara função de porteiro; R$ 1.878,00 ao vigia; R$ 1.901,03 ao agente educador; R$ 1.909,87 para a função de digitado: R$ 1.937,07 para as funções de agente musical, de leitura e de informática; R$ 1.949,36 maqueiro e recepcionista; R$ 1949,37 telefonista; R$ 2.083,55 para mecânico; R$ 2.162,31 monitor; R$ 2.167,12 para cadista; R$ 2.309,63 a encarregado; R$ 2.897,38 a analista de processo; R$ 2.897,37 para motorista e R$ 4.094,83 a analista de projeto.

Buscando esclarecer a diferença entre os valores pagos pela Prefeitura a empresa e o efetivamente pago aos funcionários terceirizados – que, segundo informações passadas ao elizeupires.com seria de menos de 50% para todas as funções – vários contatos foram feitos com a Prefeitura na última sexta-feira, mas a Secretaria de Administração, responsável pela execução do contrato 145/3013 firmado entre o município e a General Contractor, não deu nenhum retorno.

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