Aquecimento para 2016 já começou em Magé

O município poderá ter pelo menos uns cinco candidatos a prefeito

Os eleitos este ano ainda nem data certa para serem diplomados tem e no município de Magé a movimentação nos corredores da política com vistas a sucessão do prefeito Nestor Vidal já começou. Objeto de desejo de vários nomes – uns já velhos conhecidos e outros nem tanto -, o Palácio Anchieta, sede do governo municipal, está na mira hoje de gente que já passou por ele e quer voltar ainda que indiretamente e de vereadores que acham que está na hora de tentar um vôo mais alto, mas o atual ocupante do palácio ainda não deu nenhum sinal de que já estaria pensando em sucessão e ainda não piscou o olho para ninguém na intenção de iniciar um namoro nesse sentido.

Pela lógica dos números das últimas eleições deste ano, o empresário José Augusto Nalin leva vantagem no PMDB, mas já foi procurado pelo ex-vereador de Duque de Caxias, Ricardo Correia de Barros, o Ricardo da Karol, que veio com o estranho papo de que a vaga no partido seria dele por força de um acordo que teria sido firmado por alguém que nem do partido é, o prefeito de Duque de Caxias, Alexandre Cardoso, que também prometera a Ricardo apoio suficiente para ele se eleger deputado, o que ele não conseguiu. Ricardo recebeu pouco mais de nove mil votos em sua cidade de origem e 11.593 em Magé, menos da metade de José Augusto, que se cacifou com 24.184 votos locais.

O tal acordo é desmentido pelo comando estadual do PMDB que diz que vai acompanhar, como sempre aconteceu, a indicação do diretório local, mas quer que o maior nome do partido com mandato na cidade, o prefeito Nestor Vidal, seja ouvido a respeito. Pelo sim e pelo não o bom senso manda um recado a Ricardo: se quer ser candidato a prefeito de Magé em 2016 é melhor que busque outra legenda, pois na atual, na qual entrou na base do sacrifício, ele está sem padrinho e sem cacife eleitoral para bater na mesa e dizer que é o dono da vaga.

Já no caderninho do PR dois nomes estão escritos em destaque: o ex-presidente da Câmara de Vereadores e ex-prefeito interino Anderson Cozzolino, o Dinho e seu sobrinho, o deputado estadual eleito Renato Cozzolino Harb, que obteve no município 21.343 votos. A ideia do clã que governou Magé com cinco membros diferentes da família (Renato Cozzolino, Renato Cozzolino Sobrinho, Charles, Núbia e Dinho) é lançar Anderson, mas se essa candidatura sofrer algum impedimento jurídico o sobrinho vai para a disputa, assim como o ex-vice de Núbia e ex-prefeito Rozan Gomes está pretendendo disputar a Prefeitura pelo PTB, longe da sombra dos seus ex-aliados.

Se nomes hoje sem mandato estão de olho no poder maior em Magé, vereadores estão de faróis acesos nessa direção e não será surpresa se uma dupla muito unida na Câmara Municipal e fora dela decidir formar uma chapa para disputar a Prefeitura. Reeleito pelo PPS em 2012 com 2.700 votos, o vereador Rafael Santos Souza, o Rafael Tubarão já deixou claro que pretende ser prefeito de Magé um dia e que quer tentar isso em 2016 e, há quem aposte que se ele for mesmo candidato deverá ter como vice o vereador Leonardo Franco Pereira, o Léo da Vila (PROS).

O certo é que há ainda muito tempo até as convenções de junho de 2016 e até lá tem muita água para rolar sob essa ponte. Entretanto, como candidatura que se preze não pode ser construída de uma hora para outra, no município de Magé os tijolinhos já começaram a ser juntados e a grande expectativa é para ver em qual parede o prefeito Nestor Vidal vai jogar sua argamassa.