Desespero pode levar o prefeito de Rio das Ostras a tentar uma composição com o adversário de 2012
Mal das pernas, fazendo uma gestão questionável em todos os aspectos, tendo acumulado um preocupante volume de denúncias de irregularidades e várias ações judiciais já no primeiro ano dessa sua terceira passagem pelo governo, o prefeito de Rio das Ostras, Alcebíades Sabino dos Santos (PSC) ainda tem dois anos e um mês de mandato pela frente, mas já começou a perder o sono e a tranquilidade para trabalhar, por conta de uma eleição que só vai acontecer no dia 9 de outubro de 2016 e, segundo pessoas bem próximas, ele tem motivos de sobra para se preocupar.
Mal avaliado, Sabino sabe que se a disputa fosse hoje, mesmo montado numa máquina administrativa com quase R$ 1 bilhão em combustível, suas chances de reeleição seriam mínimas. Entretanto, o que mais lhe tem causado intranquilidade são uma condenação, as ações impetradas recentemente, investigações em andamento sobre supostas fraudes em licitações e o crescimento de um novato que ele derrotou fácil em 2012, mas que se aliado a uma corrente mais forte, poderia representar uma derrota acachapante: José Guimarães Salvador, o Zezinho Salvador (PR).
Vencedor de uma eleição na qual praticamente não teve adversário, Sabino ficou com 76,97% dos votos válidos em 2012, quase quatro vezes mais que os 18,72% conferidos ao então estreante Zezinho, que este ano botou o bloco na rua novamente e foi o candidato a deputado federal mais votado na cidade, somando 12.588 votos. Há quem aposte, inclusive, que o prefeito – se tiver condições legais de disputar a reeleição – poderá até tentar uma um golpe de sorte, descartando seu atual vice, Gerson Apicelo (PDT), visando uma composição com Salvador, para dificultar um pouco mais as coisas para o ex-prefeito Carlos Augusto Balthazar (PSL) que, ao que tudo indica, deverá ter seus votos de deputado estadual computados para ocupar a cadeira até agora conferida ao deputado Atila Nunes.
O que mais se ouve nos ambientes políticos da cidade é que Sabino está torcendo para as coisas darem errado para Carlos Augusto, mesmo já tendo sido informado por alguns advogados de que o ex-prefeito poderá vencer no TSE. O prefeito sabe que um mandato parlamentar agora só fortaleceria o ex-prefeito com o governo estadual, pois não é segredo para ninguém – e muito menos para os caciques do PMDB que -Sabino trabalhou contra Pezão desde o início e só deu as caras na última semana da campanha, com a visita do vice-governador eleito Francisco Dorneles.
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Acho que o Sabino não arruma mais nada saqui em Rio das Ostras.
Parabens Elizeu Pires você tocou no “ponto chave”…. Sabino em 2016 estará em uma situação muito, mas muito complicada mesmo. Mais uma vez parabens pela reportagem.
Fora Sabino! Estamos ansiosos por 2016. Vamos varrer Rio das Ostras, fazer uma limpeza geral na cidade.
esses meses que faltam, vão ser uma eternidade !!! Fora Sabino.
Fora Sabino !!!
Muito bem. Sabino é um péssimo gestor. É um péssimo tudo. Seria uma coisa bastante moral para o Estado do Rio de Janeiro não tê-lo como prefeito de um município seu. Porém, o que acontece se o povo de Rio das Ostras votar nele novamente? O que acontece se a população ainda votar nele?
Eu me lembro de outro prefeito, o Zito, de Duque de Caxias. Mal-falado pra caramba. Foi prefeito durante doze anos em Caxias. DOZE! Então meus caros, não adianta justiça, ministério público e o escambau SE o povo vota. Simplesmente, o povo vota! Zito teve as contas negadas em 2008: e o povo VOTOU. Há um monte de lei para impedir (ou que tentam impedir) o povo de errar na hora de votar: é lei da ficha limpa, é lei e as respectivas condenações de responsabilidade fiscal, é site da justiça eleitoral listando as declarações de bens dos candidatos, é Elizeu Pires mostrando, de forma muito ética e correta, os processos e os esquemas nos quais os prefeitos fazem parte… e no fim o povo vota. O povo vota.