Prefeito de Valença ignora MPF e homologa concurso sob suspeita

Embora tenha recebido recomendação do Ministério Público Federal para suspender o processo seletivo simplificado realizado para contratar agentes comunitários de saúde e agentes de endemias, por conta de várias irregularidades apontadas, o prefeito de Valença, Álvaro Cabral, homologou o resultado final do certame e iniciou a convocação dos aprovados. A recomendação foi assinada pelo procurador da república Julio Cesar Araújo Junior, responsável pelo procedimento investigativo aberto para apurar as denúncias apresentadas por candidatos que participaram da seleção. O ofício do MPF foi encaminhado com recomendações ao prefeito e ao secretário municipal de Saúde, Saúde Sergio Gomes da Silva, mas a homologação do concurso foi publicada ontem.

A decisão do MPF foi tomada após a promotoria federal verificar que houve aprovação para outras etapas do concurso de candidatos que não obtiveram o mínimo de 50% de acertos na prova objetiva, contrariando o edital, além da aprovação, na etapa eliminatória, de parentes de membros da comissão responsável pela entrevista dos candidatos.

Conforme o elizeupires.com já noticiou, o processo seletivo simplificado foi denunciado por servidores com mais de dez anos de atuação como agentes comunitários de saúde e de endemias, como um “jogo de cartas marcadas”. Eles alegam que as regras do edital não foram respeitadas e que candidatos que teriam sido reprovados na prova objetiva foram chamados em separado para “correção de prova”.

Um dos fatos mais graves, segundo os denunciantes, foi a aprovação de Leandro de Morais Abreu e mais dois parentes. Leandro é irmão Júlio Cesar de Morais Abreu – apontado como braço direito do secretário de Saúde –  que participou de uma das comissões formadas para organizar o concurso.

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