Saúde de Araruama está no CTI…

A saúde está agonizando, mas para o prefeito Miguel Jeovani está tudo muito bem

…mas prefeito diz que não mede esforços para oferecer atendimento de qualidade

Segundo dados da Prefeitura de Araruama no ano passado foram investidos R$ 31 milhões no setor de saúde, o equivalente a 28,72% da receita do município e percentual idêntico foi destinado para o exercício deste ano. Entretanto, a julgar pelas precárias condições de atendimento na rede, o dinheiro do contribuinte está é sendo jogado fora, pois falta tudo nas unidades médicas. Para o vereador José Antonio Barroso, não há a menor dúvida de que os recursos estão sendo mal aproveitados e que a precariedade na rede é mais um problema de gestão do que de falta de dinheiro.

Enquanto o prefeito Miguel Jeovani propala que não tem medido esforços para oferecer atendimento de qualidade, a população vai enfrentando a dura realidade de peregrinar atrás de um serviço médico que praticamente não existe. “Já encaminhei vários requerimentos ao governo municipal, mas nenhum deles é respondido. Desse jeito fica difícil fiscalizar os gastos. Não há remédios nos postos e nem mesmo os medicamentos de uso continuo por pacientes crônicos tem sido entregues com regularidade”, pontua o vereador.

Se nos postos faltam médicos e medicamento, se algumas unidades estão fechadas, a situação é bem pior no Hospital Municipal Prefeito Armando da Silva Carvalho, na localidade de São Vicente de Paulo. No HMPASC nem a dieta alimentar dos pacientes está sendo assegurada. De acordo com um médico lotado no hospital, teve dias de os pacientes comerem arroz e linguiça no almoço e arroz e ovo no jantar. Segundo esse médico só existem dois respiradores para os quatro leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o que praticamente obriga a escolha de quem vai morrer.

Na semana passada moradores da localidade enviaram um documento ao Conselho Regional de Medicina pedindo que seja feita uma inspeção no hospital. “Logo na chegada, uma situação gravíssima, a caixa d’água, na parte externa do HMPASC em péssimo estado de conservação. Está quase caindo, trazendo sérios riscos de tombar a qualquer momento e causar acidente grave, podendo inclusive prejudicar o trabalho dos médicos e demais profissionais e o tratamento aos pacientes que lá se encontram. Na UI do HMPASC, que conta com quatro leitos, faltam dois respiradores. O HMPASC conta com aparelho de eletro precário e sem bobina para rodar; moscas, inclusive varejeiras, incomodam os pacientes em demasia; o trauma está sem respirador e o almoxarifado encontra-se vazio, faltando fraldas geriátricas, álcool 70, material de limpeza, papel higiênico, não há papel para fax; receituários médicos para prescrever medicações para os pacientes só através de xerox. Os galões estão sendo cheios com água da torneira, seringas utilizadas, esparadrapos e algodão estão sendo jogados na lixeira aberta por falta de sacos de lixos apropriados, contribuindo para aumentar, cada vez mais, as mortes, inclusive por infecção hospitalar. Por conta disso, muitos parentes acabam denegrindo a imagem dos profissionais, que lá trabalham. O HMPASC, em muitos casos, não dispõe de material e equipamentos adequados para dar continuidade do tratamento, e só dispõe de uma ambulância para o socorro e transporte de pacientes”, diz o relato enviado ao CRM, contradizendo toda a propaganda do prefeito Miguel Jeovani.

Comentários:

  1. O ano fiscal é um pesadelo em toda administração.Estamos em época de fechamento de contas, aprovação orçamentária para novo período e, em suma, mais uma vez, vemos o despreparo do administrador.Camara e Prefeitura procuram se acertar para prevenir, ou, pelo menos, avaliar consequencias futuras.O Tribunal de Contas e a Promotoria Publica estão alertas tambem.

Deixe um comentário para Antonio Paranhos Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *.