PMDB negará vaga a vereador acusado de encomendar assassinato em Itaboraí

Voz do ex-presidente da Câmara de Itaboraí aparece em áudio comprometedor

Embora seja um dos homens de confiança do prefeito Helil Cardoso e tenha fortes ligações com o comando estadual do PMDB, o vereador e ex-presidente da Câmara Municipal de Itaboraí, Lucas Borges, não deverá ter legenda no partido para disputar uma cadeira de deputado federal no próximo ano. A situação de Lucas no PMDB se complicou bastante, o que o deixa praticamente fora da disputa por um mandato que lhe cairia bem, pois poderia aliviar as coisas para ele, que é acusado de encomendar a morte de um ex-colaborador de seu gabinete, o policial militar Renato Garcia da Silva.

Lucas passou a ter futuro incerto no PMDB depois que uma gravação em áudio chegou às mãos das autoridades. Nela Borges conversa como o ex-policial civil Marcelo Tinoco de Carvalho (foragido da Justiça), pressionando-o para agir logo contra Renato. Tanto Lucas como Tinoco eram amigos de Renato, mas o vereador não teria pensado duas vezes antes de encomendar o serviço a Marcelo, que, para ajudar na defesa de Lucas, registrou um documento em cartório, no qual afirma que a gravação teria sido sugerida pelo próprio Renato que, inclusive, havia lhe dado o dinheiro (R$ 10 mil) para que o equipamento usado para gravar a conversa com Lucas fosse comprado.

Entretanto, para as autoridades policiais, o documento, ao qual o elizeupires.com teve acesso, não muda em nada a situação do vereador, pois o diálogo está bem claro e o ex-policial civil estaria apenas tentando aliviar o político. Lucas nega ter encomendado a empreitada, mas não consegue explicar a conversa gravada que, para sua defesa, não passou de um desabafo, uma vez que o político estaria sendo chantageado e ameaçado de morte pelo policial militar.

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