Gratificação a assessores sacrifica servidor em Rio das Ostras

A Câmara de Rio das Ostras vem sendo alvo de muitas denúncia. Uma vasta documentação foi encaminhada ao Ministério Público apontando supostas irregularidades

Ocupantes de cargos comissionados na Câmara de Vereadores  receberam 85% sobre os vencimentos em dezembro de 2013 e funcionários efetivos teriam ficado sem reposição das perdas salariais

Os servidores efetivos da Câmara Municipal de Rio das Ostras teriam levado uma tremenda volta nos meses de novembro e dezembro de 2013, não recebendo a compensação das perdas salariais garantida por lei específica a todo o quadro do funcionalismo estatutário do município. A Lei Nº 1818/2013 foi sancionada no dia 14 de novembro pelo prefeito Alcebíades Sabino (PSC), com efeito retroativo a 1º de novembro, mas os 5,69% referentes a reposição salarial não teriam sido pagos nos últimos dois meses daquele ano para – segundo já foi levado ao conhecimento do Ministério Público, junto com uma série de denúncias – sobrar dinheiro no caixa do Legislativo para garantir o pagamento de uma gratificação de 85% a um seleto grupo de assessores listados na Portaria Nº 082/2013, assinada no dia 26 de dezembro de 2013 pelo vereador Alzenir Pereira Melo, o Nini (PMDB), presidente da Câmara.

Na portaria, com efeito somente no mês de dezembro de 2013, foram selecionados 13 assessores. De acordo com a portaria receberam a “gratificação por atividade especial de 85%” sobre seus salários,  os comissionados Elizete Barros dos Santos, Wallace da Silva Souza, Marcelo Lippi Carracena, Carlos Rubens Pereira e Silva, Rafael Pereira dos Santos, Genilda Marvila Brum, Joelson Ramos Pereira, Alexandre Thadeu Neves Alves, Giliane de Araújo Siqueira, Luiz Eduardo Coelho, Benito Jose da Conceição da Silva, Adriano Simas Bravo e Demeraldo Arruda da Silveira, todos ocupantes do cargo de assessor técnico parlamentar, que na época ganhavam R$ 5.279,00 e hoje recebem salário R$ 5.622,13.

De acordo com a denúncia, além de não terem recebido a reposição nos meses de novembro e dezembro de 2013, os servidores efetivos foram prejudicados na contribuição previdenciária, uma vez que descontaram menos que os funcionários do Poder Executivo, já que receberam salário a menor. O presidente da Câmara foi procurado para falar sobre o assunto, mas não foi encontrado.

 

Documentos relacionados:

Lei  nº 1818

Portaria nº 082

 

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