
As ruas de Rio das Ostras poderão ser transformadas em lixeiras nos próximos dias. É que segundo informou agora a pouco uma fonte com ligações no governo, a Secretaria Municipal do Meio Ambiente teria suspendido o serviço de coleta de galhos, entulhos e pneus velhos, dentro da estranha contenção de despesas determinada pelo prefeito Alcebíades Sabino dos Santos (PSC), um aperto de cinto que vai afetar os já precários serviços, mas não atinge os altos salários, as gratificações pagas a um privilegiado grupo do governo nem as despesas com publicidade, que este ano, segundo estimativa da própria administração municipal, pode chegar a R$ 12 milhões, um contrassenso diante da realidade que o prefeito diz que a cidade está vivendo, a queda de receita.
Ontem a Prefeitura divulgou a redução em mais da metade do valor da parcela especial dos royalties recebida este mês, uma queda de R$ 17,7 milhões, menos da metade do valor aferido no mesmo mês em 2014, que foi de R$ 36,6 milhões. Segundo a Prefeitura, o município registrou a perda de R$ 55 milhões no ano passado, o que parece não ter preocupado em nada o prefeito, que só naquele ano gastou mais de R$ 10 milhões com festas e propaganda. Segundo o governo as perdas de janeiro e fevereiro somaram R$ 24,2 milhões, o que prenuncia que 2015 será de grandes perdas e danos para as finanças municipais.
A Prefeitura diz que vem tomando “medidas de redução de gastos desde o início da atual gestão”, mas não é isso que os extratos de contratos divulgados nos últimos dois anos revelam, pois mostram que, de janeiro de 2013 a 31 de dezembro de 2014 foram gastos mais de R$ 30 milhões com cachês de artistas, estrutura para shows e eventos, além de publicidade, despesas feitas com recursos dos royalties do petróleo.
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