Praça de pedágio da CRT está ilegal desde 2003

Essa praça de cobrança deveria ter sido transferida há 12 anos por força de uma lei aprovada em 2002, que só deverá ser cumprida agora por decisão judicial, já que a agência reguladora, a ANTT, não tomou nenhuma providência nesse sentido

Lei estadual de 2002 deu 12 meses de prazo para que posto de cobrança fosse mudado para o limite de dois municípios.

Localizada no km-133,5 da BR-116/RJ, na altura do bairro Bongaba, a Praça de Pedágio Engenheiro Pierre Berman, está ilegal desde 2003, quando venceu o prazo de doze meses dado pela Lei estadual Nº 4044/2002 para que ela fosse transferida para o limite de dois municípios, no caso, entre Magé e Guapimirim, no bairro Citrolândia. Esse é o argumento da Procuradoria Geral de Magé na ação em que a Prefeitura pede a mudança do principal posto de cobrança de pedágio da Concessionária Rio Teresópolis (CRT). “Temos tentado beneficiar os moradores de Magé com a isenção da tarifa, mas a empresa tem se mantido irredutível. Agora vamos buscar uma solução na Justiça com duas ações, uma para conseguir a isenção e outra para retirar a praça de cobrança do bairro Bongaba”, disse o prefeito Nestor Vidal que na última terça-feira se reuniu com o diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Jorge Bastos.

De acordo com o Art. 1º  da Lei 4044, é proibida a construção de praças para cobrança de pedágio em qualquer ponto da via fora da divisa entre municípios, com exceção das que antecedem túneis e pontes. Já o Art. 2º diz que “as praças de pedágio já construídas e que contrariem o estabelecido no artigo anterior serão transferidas no prazo máximo de doze meses”, o que vem sendo ignorado pela CRT e pela própria Agência Nacional de Transportes Terrestres. 

“Nos estamos indo para o confronto. Já demos tempo demais para um acordo e a CRT sempre se negou a liberar os carros com placa de Magé da cobrança do pedágio. Agora não há mais acordo a ser feito. Vamos apelar para todas as instâncias legais para que o nosso município deixe de ser uma ilha cercada de pedágios por todos os lados”, completou o prefeito.

Além da Procuradoria de Magé quem também entrou na briga é o Ministério Público Federal, este pela redução do valor da tarifa. No dia 12 de novembro do ano passado o procurador da República Claudio Gheventer fez uma recomendação a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para que o valor cobrado pela concessionária fosse reduzido, mas o órgão regulador não tomou nenhuma providência nesse sentido.

 

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Comentários:

  1. Elogiavel a informação, ao retroceder a procedimento anterior do ex-Procurador, agora embasado e tambem no fulcro do problema e mostra que igualmente o Prefeito buscou resolver desde o inicio do mandato.Vamos agora para Brasilia, palco desse desfecho.

  2. gostaria de saber como poderá se colocada outra praça de pedágio na divisa com Citrolândia se já temos uma de Guapimirim x Magé?

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