Onze diretores de departamento pedem demissão por discordarem dos métodos de trabalho do presidente do Legislativo
Onze funcionários da Câmara de Vereadores de Casimiro de Abreu que exerciam funções gratificadas nas 13 diretorias da Casa protocolaram na tarde de hoje oficio comunicando o afastamento dos cargos em caráter irrevogável, insatisfeitos que estão com a administração do presidente Alessandro Macabu Araújo, o Pezão (PSC), contra o qual pesam várias suspeitas de irregularidades. De acordo com alguns funcionários, o clima verificado na Câmara nos últimos dias é de tensão e que para intimidá-los Pezão teria colocado um policial civil na entrada do gabinete, como se a sede do Poder Legislativo fosse uma Delegacia e não a casa do povo de Casimiro de Abreu. Nessa segunda-feira denúncias sobre supostas irregularidades na aplicação dos recursos financeiros destinados à manutenção da Câmara deverão ser encaminhadas ao Ministério Público, para que uma investigação ampla possa ser feita na contabilidade da Casa. O presidente não foi encontrado para falar sobre o assunto.
Segundo um servidor, em 2013 a Câmara gastou R$ 180 em gasolina, despesa que saltou para R$ 290 mil no ano passado. Nas denúncias que serão encaminhadas ao MP será pedida uma investigação nas prestações de contas das despesas feitas, inclusive sobre as notas fiscais. Também será solicitado que a promotoria de Justiça ouça os ocupantes dos cargos comissionados, que tem salário entre R$ 2 mil e R$ 3,5 mil, somando-se a esses valores 100% de gratificação.
Entre os que pediram exoneração nessa sexta-feira estão os diretores de Recursos Humanos, Serviços Gerais, Protocolo, Integração Legislativa, Arquivo e Patrimônio, Comissão de Licitação, Controle Interno, Finanças, Compras, Almoxarifado e Contabilidade.