Ex-prefeito de Guapimirim e seis empresas poderão ter que devolver R$ 46 milhões aos cofres públicos

Para se livrar da condenação Junior vai ter que provar em sua defesa que os contratos foram efetivamente cumpridos

O ex-prefeito de Guapimirim, Renato Costa de Mello Júnior, o Junior do Posto e as empresas Comércio de Produtos Alimentícios Beira Rio, Trena XV Comércio de Materiais de Construção e Serviços, CHM Construtora, Klauã Comércio de Produtos e Serviços, Marcterra Terraplanagem e Construções e Transportadora Unidos de Guapi, poderão ter que devolver R$ 46 milhões aos cofres públicos, por conta de contratos para prestação de serviços e fornecimentos que não teriam sido comprovados. De acordo com o Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), o ex-prefeito e as empresas só ficarão livres da responsabilidade se Renato apresentar defesa comprovando que as firmas cumpriram efetivamente com os objetos dos contratos.

A decisão foi tomada pela corte de contas depois de uma Auditoria Governamental realizada na Prefeitura. Pela decisão, Renato e a empresa Beira Rio, que fornecia alimentos para a merenda escolar, terá de devolver R$ 592.162,48, “por não terem comprovado a entrega de carnes para a alimentação de alunos matriculados na rede de ensino público” e “pela ausência de comprovação de fornecimento de materiais e serviços de transporte, Renato Costa de Mello Júnior e a empresa Trena XV Comércio de Materiais de Construção e Serviços terão que devolver R$ 2.777.237,50”, enquanto que “pelo contrato firmado com a CHM Construtora para realização de serviços na manutenção da rede elétrica municipal, a devolução será R$ 9.915.181,76”.

Em relação a um contrato firmado com a empresa Klauã Comércio de Produtos e Serviços, para o fornecimento de aparelhos de ar condicionado e manutenção e equipamentos hospitalares, o total a ser devolvido será de R$ 686.575,13. Por dois contratos para locação de caminhões e máquinas pesadas firmados com as empresas Marcterra Terraplanagem e Transportadora Unidos de Guapi terão de ser devolvidos mais de R$ 32 milhões: R$ 27.276.808,71 do contrato com a Macterra e R$ 4.671.400,64 pagos a unidos.

O ex-prefeito vai ser notificado nos próximos dias para explicar a concessão de serviços a empresas que não atuavam no ramo do objeto licitado ou possuíam vínculos entre si, segundo o TCE, “contrariando os princípios de moralidade e impessoalidade”.

Comentários:

  1. A bem da verdade, parte desse valor tem que ser dividida com quem já morreu, no caso, o titio Nelson, que era o prefeito de fato. Após sua morte, Júnior do Posto terceirizou a gestão da prefeitura para sua lugar-tenente, Ismeralda, que também deveria participar desse rachuncho. Afinal, o dinheiro da propina que seria paga à DRACO, e que originou todo o processo que pôs na cadeia Júnior e ela, veio de onde, se não das empreiteiras que trabalhavam em Guapi? E o dinheiro da campanha da Ismeralda, viria de onde? A verdade é que não dá pra entender como o então vice prefeito Marcos Aurélio, com gabinete ao lado desses elementos, não via nada, não desconfiava de nada, assim como o Lula, no mensalão… Mas, com relação à explicação a ser dada ao TCE, acho que os advogados do Júnior vão ter muito trabalho…

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