
O presidente da Câmara de Vereadores de Nova Iguaçu, Maurício Morais, anulou ontem o concurso público realizado no ano passado para preencher 125 vagas. Conforme o elizeupires.com havia noticiado em dezembro, foram apontadas várias irregularidades, o que foi confirmado por uma comissão de sindicância instalada em fevereiro e presidida pelo consultor geral Ronaldo Macedo de Sant’Anna. Entre as irregularidades verificadas está o favorecimento de candidatos ligados a membros da Casa e a contratação da Fundação de Apoio ao Ensino, a Pesquisa e a Extensão do Instituto Benjamin Constant (responsável pelo processo seletivo) e o favorecimento de candidatos. O relatório da comissão já foi encaminhado ao Ministério Público ao Tribunal de Contas do Estado. O MPE já havia aberto inquérito sobre o caso antes mesmo da iniciativa do novo comando da Câmara de Vereadores.
O concurso, conforme o elizeupires.com antecipou no dia 9 de dezembro, foi colocado sob suspeita por causa de denúncias dando conta da aprovação de parentes de vereadores e de pessoas a eles ligadas, além de uma suposta “ação entre amigos” envolvendo a Câmara de Mesquita, que promoveu concurso na mesma época. De acordo com denúncias feitas ao Ministério Público, parentes do então presidente do Legislativo iguaçuano, Marcos Fernandes, foram aprovados em Mesquita e candidatos supostamente indicados pelo ex-presidente da Câmara de Mesquita, André Taffarel, classificados em Nova Iguaçu.