Subserviência do prefeito compromete Guapimirim

O prefeito Marcos Aurélio Dias parece assombrado pelo ex-prefeito Junior do Posto, o que preocupa muito os seus poucos aliados no governo

Contratos com ONG sangrou os cofres públicos e feriu a imagem da cidade, que ainda sente a sombra de ex-gestor com a permanência direta ou indireta de ‘eminências pardas’

Quando, em 2011, o então prefeito de Guapimirim Renato da Costa de Mello Junior, o Junior do Posto, firmou um contrato no valor global de R$ 34 milhões com a organização não-governamental Casa Espírita Tesloo, controlada pelo major reformado da Policia Militar Sérgio Pereira de Magalhães, mais que driblar a Lei de Responsabilidade Fiscal no tocante a contratação de pessoal e onerar os cofres públicos com remunerações superfaturadas, estava  queimando o filme da cidade, o que foi comprovado um ano depois. Afastado o prefeito, ascendeu o vice que, mesmo depois de eleito prefeito em 2013, manteve o contrato considerado como ilegal, assumindo os riscos de aceitar uma herança maldita, que além da Tesloo, reuniria outros interesses do ex-prefeito. Se parte da receita já estava comprometida, o sucessor bem que poderia ter escolhido melhor sua equipe, em vez de aceitar imposições. Não o fez e agora paga o preço alto cobrado daqueles que por inexperiência, excesso de confiança ou má-fé mesmo, acabam metendo os pés pelas mãos.

De janeiro de 2013 a julho deste ano já passaram pela Secretaria de Governo (a principal em atuação para garantir a governabilidade) três titulares e todos mandavam mais que o prefeito Marcos Aurélio Dias, que teve ainda, no seu primeiro ano de gestão, um outro mandachuva, o chefe de gabinete Getúlio Jorge Braga Gonçalves, que era apontado como “eminência parda do ex-prefeito”, de quem era contador e advogado. Na época membros do governo diziam que o chefe de gabinete se intrometia em assuntos que nada tinham a ver com a sua área de atuação. 

“Getúlio saiu, mas entraram outros mandachuvas e quem foi eleito para mandar continua não mandando nada. O resultado é que muitos fornecedores estão sem receber enquanto os privilegiados são pagos em dia. Tem empresas que não recebem uma fatura há seis meses e o prefeito não está nem aí. Está ficando muito feio para nós que temos compromisso com a nossa cidade”, diz um aliado de primeira hora, preocupado com o futuro de Marcos Aurélio, que enquanto pode manteve da Tesloo (que mudou de nome para Obra Social São João Batista) e continuou com outros vários contratos com empresas que teriam ligações indiretas com o ex-prefeito.

A maior preocupação do grupo interessado em preservar Marcos Aurélio é com os gastos nas áreas de educação e saúde, setores que têm recursos certos, com as maiores dotações orçamentárias da administração municipal. Na Secretaria de Saúde parte da bomba já estourou e na educação, dizem os mais próximos, a coisa só não ficou feia porque lá havia uma secretária que não deixava os bicões se meterem. “A professora Maria Cecília era rigorosa, tomava conta de tudo, mas agora não está mais lá”, completa o aliado preocupado com o tempo que ainda falta para Marcos Aurélio concluir o mandato.

Comentários:

  1. Infelizmente é realmente isso que está acontecendo em Guapi, conheço fornecedores que realmente trabalham e entregam suas mercadorias e cumpre seus compromissos, porém estão há um bom tempo sem receber, porque o Prefeito e sua cúpula, não valorizam os que realmente trabalham, e sim, aqueles que são de seus interesses, só pagam os que não trabalham e há dúvidas se realmente entregam o que se vende, mas são os pequenos fornecedores que ainda dão suporte para que não pare tudo, mas não se sabe até onde ou até quando suportarão trabalhar sem receber, porque o Prefeito está maltratando tais trabalhadores, uma vergonha e acima de tudo uma covardia o que esse prefeito está fazendo.

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