
Consultas encomendadas para basear homologação de candidatura do PMDB de Magé em 2016 não inclui nome do mais votado em 2014
Surrado nas urnas em 2012, quando disputou a Prefeitura de Magé pelo PSB, o ex-vereador de Duque de Caxias, Ricardo Corrêa de Barros, o Ricardo da Karol, está levando mais uma coça, agora nas consultas encomendadas pelos partidos para avaliar o poder de fogo de seus pré-candidatos, o que vem sendo muito comemorado pelos possíveis adversários. Filiado ao PMDB e indicado pré-candidato a prefeito pelo presidente estadual da legenda, Jorge Picciani, Ricardo teria se encarregado de contratar pesquisas diretamente a um instituto de sua confiança, mas este não estaria levando o nome do deputado federal José Augusto Nalin na consulta induzida. Entretanto, apesar disso, Nalin aparece muito melhor que Ricardo nas consultas feitas a pedido de outros partidos e desponta, espontaneamente, também com melhor performance nas pesquisas feitas sem o seu nome nas cartelas.
A indicação de Ricardo por Picciani está sendo vista em Magé como um “agrado” do presidente estadual do PMDB e presidente da Assembleia Legislativa ao deputado Renato Cozzolino Harb, pré-candidato a prefeito do PR. Isso é dito por pessoas do próprio grupo de Renato, apoiadores de outras legendas que resolveram agora embarcar no barco da família Cozzolino, que pretende jogar pesado para tentar recuperar o poder. “Quem quer ganhar uma eleição de verdade não indicaria o Ricardo. Não faz sentido apontar um nome quando há outro com muito mais cacife. Acho que o Ricardo é um grande presente para a família Cozzolino”, diz um apoiador, cujo partido já fechou acordo com Renato.
Ricardo da Karol foi candidato a deputado estadual no ano passado e não teve em Magé nem a metade do volume de votos conferidos a José Augusto. Ricardo somou pouco mais de nove mil votos em Magé, enquanto Nalin se cacifou com 24.184 votos locais, superando, inclusive, a votação obtida por Renato Cozzolino no município (21.343). “Pela lógica o pré-candidato seria o José Augusto, mas isso se a intenção fosse realmente ganhar uma eleição e não uma ação entre amigos para tentar beneficiar outra corrente política”, conclui o apoiador.
A suposta “entrega” está dividindo o partido no município e militantes de longa data estão revoltados com a indicação feita pelo presidente estadual. “Alguém precisa dizer ao Picciani que Magé não é extensão do quintal da casa dele. O nome preferido dele não empolga o eleitorado de jeito nenhum. Teve menos de dez mil votos em Magé para deputado no ano passado e em 2012 foi massacrado nas urnas pelo prefeito Nestor Vidal. Esperamos que as pesquisas verdadeiras façam Picciani mudar de ideia”, diz esperançoso um peemedebista indignado.