Depois de gastar demais com OS Helil Cardoso ameaça fechar hospital em Itaboraí
Após gastar cerca de R$ 300 milhões com o Instituto Nacional de Assistência a Saúde e Educação (Inase), uma Organização Social contratado para administrar o Hospital Desembargador Leal Junior, a Prefeitura de Itaboraí está ameaçando fechar a unidade. O prefeito Helil Cardoso alega não ter recursos suficientes para manter o hospital funcionando e diz que se os governos federal e estadual não ajudarem a única saída será paralisar o atendimento. Ele responsabiliza a crise financeira que reduziu a receita do município em pelo menos 60%, mas quem acompanha mais de perto as ações de seu governo diz que o problema é de gestão.
É que em vez de rescindir o contrato feito pelo ex-prefeito Sergio Soares com o Inase, Helil não só o renovou como aumentou o repasse. Entre janeiro de 2013 e 31 de dezembro do ano passado o instituto recebeu mais de R$ 140 milhões dos cofres da Prefeitura. Foram R$ 64 milhões em 2013 e R$ 78.755.097,75 durante o ano passado, dinheiro que saiu do Fundo Municipal de Saúde, que agora está furado.
Durante a campanha eleitoral de 2012 o atual prefeito criticou bastante a contratação do Inase e prometeu que se eleito fosse, assim que assumisse o governo iria rever a situação, mas optou por manter o instituto, que se apresenta como uma instituição que tem por objetivo “melhorar a vida das pessoas, proporcionando serviço de saúde humanizado e resolutivo, e gerenciando pela qualidade total e uso racional dos recursos disponíveis”, com a visão de ser “a mais bem conceituada instituição de saúde do Brasil, tornando-se a principal referência nacional em gestão hospitalar e humanização da saúde”, mas não é bem isso que a população de Itaboraí viu na prática, mas mesmo assim o instituto que na gestão anterior recebia R$ 2,7 milhões mensais, passou a faturar o dobro a partir do primeiro trimestre de 2013.
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