Gastos sem justificativa aumentam em Mangaratiba

Na gestão de Ruy Quintaniha as despesas de pronto pagamento aumentaram

Despesas com cartão corporativo e suprimento de fundos quase dobram na nova gestão

Entre abril e dezembro do ano passado os gastos feitos com o simplificado processo de pronto pagamento, o chamado suprimento de fundos ou cartão corporativo superaram em muito os realizados em 2014, durante a gestão do ex-prefeito Evandro Bertino Jorge, o Evandro Capixaba, que está preso por formação de quadrilha, corrupção e fraude em processos licitatórios. Além de gastar mais, a gestão do prefeito Ruy Quintanilha não disponibiliza documentos fiscais para comprovar as despesas, que são justificadas de forma genérica no sistema da Prefeitura: “referente a despesas miúdas e de pronto pagamento”. No total, nos últimos nove meses de 2015 essa modalidade despesa somou mais de R$ 340 mil, R$ 229.597,80 atribuídos a várias secretarias e R$ 116.755,21 ao recursos do Fundo Municipal de Saúde (FMS), mas sem qualquer informação sobre onde, em que e porque os gastos foram feitos. Em 2014, em 12 meses, a soma foi de R$ 249.214,30, R$ 95.214,30 pelas secretarias e R$ 154 mil com dinheiro do FMS.

 

De acordo com o sistema da Prefeitura, os gastos de pronto pagamento feitos pelo gabinete do prefeito Ruy Quintanilha somaram R$ 7.480,00, enquanto a secretaria de Governo gastou R$ 4.210,65, a de Administração R$ 4 mil e a Controladoria Geral R$ 4.939,18.  Ao todo a Secretaria de Fazenda fez R$ 5.276,90 em pequenas despesas, a de Assistência Social R$ 10 mil, a de Serviços Público R$ 64.456,18, a de Obras R$ 21 mil e a de Finanças R$ 1.161,10.  Já as despesas imediatas das secretarias de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Turismo, Esporte e Lazer, Segurança, Educação, Comunicação Social, Defesa Civil e Trânsito somaram R$ 6 mil, R$ 11.170,42, R$ 4 mil, R$ 9.777,45, R$ 13.497,00, R$ 22.186,14, R$ 15.962,78, R$ 14.500,00 e R$ 9.980,00 respectivamente.

Os R$ 116.755,21 em gastos feitos pelo Fundo Municipal de Saúde (FMS) entre abril e dezembro de 2015 estão relacionados a nove nomes e as justificativas não nada claras, dizendo apenas tratarem-se de “pagamento referente a adiantamento para atender as despesas (com materiais) de pronto pagamento da Secretaria Municipal de Saúde, gastos atribuídos a Ana Paula de Oliveira (R$18 mil), Antonio Augusto Faria Souto (R$ 4.500,00), Antonio Carlos Muller Leal e outros (R$ 9.500,00), Eli Alves Fonseca (R$ 6.688,27), José Siberman Marques (R$ 19.999,29), Mair Araújo Bichara R$ 28 mil), Marcelo D’Araujo Costa Barbosa (R$ 12 mil), Rodrigo Ferreira Brandão (R$ 16 mil) e Sergio Luiz Garrido Pinto (R$ 2.067,65).

 

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