Assassinato de vereador em Magé completa um mês hoje

Geraldo foi morto no dia 13 de janeiro e Luciano em 15 de novembro de 2015. As autoridades ainda não esclareceram os crimes

E o ministério sobre o crime permanece

A execução do vereador Geraldo Cardoso Gerpe, o Geraldão, o oitavo político com mandato assassinado em Magé desde 1997, completa neste sábado exatamente um mês e até ontem as autoridades policiais não tinham divulgado nada que apontasse para o esclarecimento do crime. Ele foi executado por volta das 22h do dia 13 de janeiro no estacionamento da Câmara Municipal, quando se dirigia a seu carro para, supostamente, pegar um documento. A presença do parlamentar na Casa naquela noite também não foi devidamente esclarecida, uma vez que naquele dia não houve sessão.

 

As investigações estão a cargo da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), que também apura a morte do vereador Luciano Nascimento da Silva, o Luciano DJ, em Seropédica, baleado na madrugada do dia 15 de novembro do ano passado, crime não desvendado ainda. Luciano foi morto 48 horas após faltar a uma sessão na Câmara de Vereadores, na qual iria ser votado o terceiro pedido de cassação do prefeito Alcir Martinazzo, que já havia sido afastado duas vezes e em ambas a Justiça reverteu a situação por causa da quebra do rito processante pela mesa diretora da Casa. Luciano contrariou o compromisso de votar pela cassação assumido com o presidente da Câmara, Wagner Vinícius de Oliveira, o Waguinho do Emiliano, que assumiria a Prefeitura se Martinazzo fosse destituído do cargo.

A sucessão de assassinatos de detentores de mandatos eletivos em Magé começou em agosto de 1997, quando o vereador Geraldo Ângelo Pereira foi morto na saída da sede do Grêmio Esportivo Estrela, em Vila Inhomirim. O crime que mais chocou a população foi a tripla execução ocorrida no dia 16 de janeiro de 2002, quando o vereador Alexandre Alcântara, sua mãe (Edilia Rodrigues Pereira de Alcântara) e o motorista da família (Arnaldo de Souza Santos), foram metralhados na Estrada Rio-Magé. Cinco meses depois, no dia 2 de junho, a vice-prefeita Lídia Menezes foi morta a tiros e seu corpo encontrado carbonizado nas proximidades da Estrada Magé-Manilha. Em março de 1998 o vereador Walter Arruda foi trucidado a tiros quando passava pelo bairro Jardim Esmeralda, onde foi tocaiado. No dia 4 de agosto de 2006, outro vereador, Carlos Alberto do Carmo Souto, o Chuveirinho, foi morto em Magé. Menos de um ano depois (em fevereiro de 2007) o vereador Dejair Correa foi executado no bairro Piedade e na noite de 2 de março de 2012 foi morto Antonio Carlos Silva Pereira, o Tonico Pescador, suplente de vereador em exercício de mandato pelo PMDB.

 

Matérias relacionadas:

Vereador assassinado no estacionamento da Câmara de Magé

Assassinato de vereador é sinal de retrocesso em Magé

Vereador que faltou à sessão na qual o prefeito de Seropédica seria cassado foi executado a tiros na madrugada deste domingo

Envie seu comentário:

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *.