Por mais verba Câmara quer derrubar prefeito em Itaocara

Gelsimar começou sua vida laborativa plantando e cortando cana

Mas decisão judicial põe ordem na Casa e segura mandato do único governante eleito pelo PSOL que chegou a ser cassado na última terça-feira

Por dez votos a um, em sessão realizada na última terça-feira, 10 dos 11 vereadores de Itaocara decidiram pela cassação do prefeito Gelsimar Gonzaga (PSOL) pelo “crime” de não suplementar os repasses para a Câmara. Não fosse o pronto julgamento do recurso impetrado pela defesa do governante pelo juiz Rodrigo da Rocha de Jesus, o pequeno município do Noroeste Fluminense estaria sendo agora governado pelo vice-prefeito Joaquim Maia Figueira Junior (PROS). A liminar que impediu a ascensão do vice foi dada pouco antes da solenidade de posse (na quarta-feira), mas o comando do Poder Legislativo ainda não desistiu de fazer “justiça” pela “gravíssima irregularidade” atribuída a Gelsimar e está tentando derrubar a decisão judicial.

 

A cassação do mandato do prefeito é o resultado e uma comissão de investigação aberta em outubro do ano passado após proposição do presidente da Câmara, João Batista Bittencourt da Rocha (PMN), sob o argumento de que ao não suplementar os repasses para a Casa Gelsimar estaria descumprido a lei e prejudicando o funcionamento do Legislativo.  Ao suspender liminarmente os efeitos da sessão que cassou o prefeito o juiz Rodrigo da Rocha afirmou que a não suplementação não chegou a colocar em risco em momento algum o funcionamento da Câmara. Ele pontuou ainda que a vontade da população expressa nas urnas tem de ser respeitada.

Servidor público, Gelsimar foi eleito em 2012 com 44,26% dos votos válidos e tornou-se popular pelos discursos que fazia nas ruas como militante sindical. Sua vitória nas urnas foi apontada como grande surpresa, pois as forças políticas da cidade viam o candidato do PMDB, Alcione Correa de Araújo como favorito, pois em 2008 ele fora eleito com 63.50% dos votos válidos e Gelsimar ficou em último lugar.

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