
Andando na contra mão em 2008 ele foi o único vereador a votar contra o plano de cargos e salários do pessoal da Educação e rompeu em 2014 com o governo porque não teve apoio a projeto pessoal
Praticamente em campanha pela sucessão do prefeito Aluizio dos Santos Junior, o Dr. Aluizio, o atual vice-prefeito Danilo Funke está sendo visto em Macaé como aquele que exercita, na prática, a máxima do faça o que eu digo e não o que eu faço, falando abertamente daquilo que pode lhe render aplausos nas ruas e tentando esconder o que poderia manchar a imagem de arauto da moralidade que vende aos que desconhecem sua curta estadia no governo, com o qual chegou a colaborar como coordenador do orçamento participativo, tarefa que custava aos contribuintes os salários de 37 assessores e despesas de manutenção, embora o gabinete do vice-prefeito funcione numa pequena sala do prédio anexo à sede da Prefeitura.
As atribuições de Danilo Funke na administração municipal tiveram fim em 2014, quando ele passou a cuidar da campanha para deputado estadual pelo PT. Sem função específica o gabinete foi esvaziado por conta da crise financeira e todos os assessores exonerados. Danilo não gostou disso e recorreu à Justiça para nomear pelo menos 17 dos 37 demitidos, pois o prefeito só manteve três, informando que precisava reduzir os custos.
O vice não aceitou os argumentos e ingressou na Justiça para obrigar o prefeito a nomear os 17. O processo tramitou na 3ª Vara Cível de Macaé que não aceitou a argumentação de Danilo e este recorreu ao Tribunal de Justiça, onde, na 22ª Câmara Cívil a decisão do juízo de primeira instância foi negado. Em setembro do ano passado o processo foi extinto, pois, pressionado pela repercussão negativa de seu intento e pelas duas derrotas consecutivas no mesmo processo o vice-prefeito desistiu da ação.
A relação entre o prefeito e o vice começou a azedar assim que Danilo percebeu que não teria apoio de Aluizio a sua candidatura a deputado federal. Alegando “fidelidade a seus princípios” desligou-se do governo, mas não abriu mão do subsídio que recebe todos os meses e ainda queria manter 17 assessores, embora não exerça nenhuma atividade como vice-prefeito que não seja fazer política 24 horas por dia.
Em 2013, por exemplo, de acordo com dados da Prefeitura, os gastos do gabinete do vice-prefeito chegaram a cerca de R$ 1.5 milhão.
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