Recomendação foi encaminhada à presidência da Casa, que tem 180 dias de prazo para implantar o ponto eletrônico
Um mês após conseguir na Justiça a condenação do vereador Maxwell Vaz foi por improbidade administrativa – sob a acusação de que ele mantinha um assessor fantasma em seu gabinete – o Ministério Público expediu recomendação ao presidente da Câmara de Vereadores, Eduardo Cardoso e a todos os membros da Casa, para que seja implantado, em até 180 dias, um sistema eletrônico de controle de frequência de todos os servidores da Casa. A medida foi tomada pelo promotor Renato Luiz da Silva Moreira, titular do núcleo local da 1ª Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva, após ele ter recebido várias representações com denúncias sobre funcionários que estariam recebendo salários sem trabalhar.
Conforme já foi noticiado pelo elizeupires.com cerca de 300 servidores efetivos dos quadros da Prefeitura estavam à disposição dos gabinetes dos vereadores, inclusive professores, merendeiras, auxiliares, porteiros, médicos e até uma veterinária. Através de portaria o prefeito Aluizio dos Santos Junior, o Dr. Aluizio, determinou o retorno de todos eles às funções de origem. De acordo com a recomendação do promotor de Justiça, em cinco dias a mesa diretora da Câmara passe a registrar o ponto de todos os funcionários efetivos, comissionados e cedidos, que deverão assinar, na entrada e na saída, as folhas de controle de freqüência, até que o sistema eletrônico esteja em funcionamento.
Além dos quase 300 efetivos alocados nos gabinetes dos vereadores, a Prefeitura mantinha em disponibilidade em outros órgãos vários dezenas funcionários, entre eles dois irmãos do ex-prefeito Riverton Mussi, Adrian e Carla Mussi. Também estava em disponibilidade dois filhos do prefeito de Santa Maria Madalena, Clementino da Conceição, o secretário de Turismo daquela cidade, Clementino da Conceição Filho e Andresa Ribeiro Ozório da Conceição.
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