Investigada pelo Ministério Público por suspeita de favorecimento em licitações fraudulentas, FFM Terra pode ter faturado cerca de R$70 milhões na Prefeitura de Magé
Elizeu Pires
O milionário faturamento da empresa FFM Terra na Prefeitura de Magé, uma estimativa de R$70 milhões nas gestões de Núbia Cozzolino, Rozan Gomes e Anderson Cozzolino, além da suspeita de licitações fraudulentas, tem mais um questionamento: ela não poderia participar de uma concorrência para dois contratos que somam mais de R$40 milhões, por ser considerada empresa de pequeno porte.
O último contrato, no total de R$19,8 milhões, foi assinado na gestão interina de Dinho, em fevereiro deste ano, com a finalidade de aligar caminhões e máquinas pesadas, quando já tinha um outro contrato, com o mesmo objeto, formado no ano passado, no valor R$22,3 milhões, que já não está mais em vigor. O contrato de R$19,8 milhões está sendo analisado e deverá ser cancelado pelo prefeito Nestor Vidal, pois há suspeita de superfaturamento.
A FFM Terra e a JM Terra, empresas do mesmo dono, foram denunciadas ao Ministério Público, acusadas de terem sido beneficiadas por supostas fraudes em processos de licitação. De acordo com as denúncias feitas pelo ex-namorado da irmã do então prefeito, Núcia Cozzolino, Yacemir Fernandes, as FFM Terra e a JM Terra atuariam no município “em parceria com Dinho”. Yacemir, conhecido na cidade como Branco, foi assassinado no final do ano passado, crime ainda não esclarecido pela polícia.
Ainda de acordo com a denúncia, a FFM Terra não enviava o número de equipamentos contratados e não possuía o maquinário acordado em contrato. O novo contrato foi assinado por Dinho mesmo sabendo que a FFM Terra estava sendo investigada pelo MP. Ele é apontado como “dono informal” da empresa que, no contrato social tem como dono Fábio Figueiredo Morais, o Fabinho. Dinho nega essa ligação e as irregularidades.