Justiça cassa vereador de Paracambi

Promotoria diz que Chambarelli pagou R$ 50 por voto

O policial civil e vereador do município de Paracambi, Antonio Carlos Chambarelli (foto), do PMDB, teve o mandato conquistado no último pleito cassado pelo Juízo da 70ª Zona Eleitoral. Chambarelli, que até o dia 31 de dezembro era o presidente da Câmara, foi o vereador mais votado no dia 7 de outubro. Ele foi condenado por abuso de poder econômico e captação ilícita de sufrágio em Ação de Investigação Judicial Eleitoral, promovida pelo promotor Bruno Gangoni, que descobriu o esquema de “caixa dois” que alimentou financeiramente a campanha do vereador, comprovando o uso de fonte ilícita e não declarada de dinheiro na campanha, sendo, inclusive, apreendido pela Polícia Federal no gabinete na Presidência da Câmara dos Vereadores dinheiro decorrente do esquema.

“Ao fiscalizarmos o interior de uma comunidade carente, apreendemos ainda uma lista contendo o nome de 55 eleitores cujos respectivos votos foram comprovados para o político. Apuramos ainda que cada voto era comprado por R$ 50”, explicou o promotor.

Conforme o elizeupires.com já revelou, em todo o estado do Rio de Janeiro 27 dos vereadores empossados no dia 1º podem ter o mandato cassado por conta das ações de impugnação do registro e anulação dos diplomas por práticas de irregularidades durante a campanha eleitoral e até mesmo durante o pleito. Os municípios com maior número de vereadores pendurados são Magé e Silva Jardim, com dois parlamentares cada. Na última quarta-feira aconteceu em Magé a audiência do processo movido pelo Ministério Público contra a vereadora Eliane Sepúlveda (PMDB), mas como as testemunhas por ela apresentadas não compareceram, uma nova audiência vai ser realizada para que a juíza Patrícia Salustiano, da 110ª Zona Eleitoral, possa dar a decisão.

Envie seu comentário:

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *.