Uma reflexão de Natal
● Elizeu Pires
“As pessoas são tão felizes quanto decidem ser”. A frase do 16º presidente norte-americano, Abraham Lincoln, pode ser interpretada de várias maneiras, mas a mim diz, diretamente, que somos os únicos responsáveis por nossa felicidade. A felicidade habita a alma daquele que vive em paz consigo mesmo, do que luta as suas próprias batalhas; do que cai, levanta-se e continua caminhando em direção ao destino escolhido; do que vê o seu igual como igual, mesmo que esse possa parecer a alguém, de alguma forma, diferente…
Hoje as luzes do Natal piscam em lares do mundo inteiro, independente do regime dos países ou da religião desse ou daquele governante. Se na casa ao lado habita alguém que não acredita que há um Cristo ou que o Rei dos reis tenha se feito pobre e vindo à luz numa manjedoura, na da frente, com certeza, haverá um cristão e este há de estar celebrando, não importando se a mesa esteja farta ou não.
Somos, sim, tão felizes quanto optamos ser e nossos sonhos tem mesmo o nosso tamanho, tão certo como crescemos à medida em que os realizamos. Nossas mãos alcançam onde precisamos alcançar e nossos pés nos levam exatamente onde realmente precisamos ir. Nossas conquistas, o presente de nossas vidas, não estão nas mãos do nosso vizinho ou do patrão; não virão empacotadas, pois estão em nós mesmos: são resultados da nossa coragem e vontade de lutar.
Devemos ser daqueles que pensam como Hassan, que diz para continuarmos remando, mesmo que contra a maré, pois o que importa é que estejamos indo para frente. Também deveríamos estar com o pensador Joel Barker: “Uma visão sem ação não passa de um sonho e ação sem visão é só um passatempo, mas uma visão com ação pode mudar o mundo”.
Que neste Natal o maior presente seja o renovar das forças, o fortalecimento da união e o regar da esperança plantada no solo fértil da determinação. Que o badalar dos sinos nos acorde para a necessidade de nos transformarmos em seres humanos melhores.