Empresa cobra R$ 1 milhão a menos e é eliminada
Governo novo, práticas antigas, pelo menos na hora de contratar serviços, obras ou fornecimentos de materiais. É a esse pensamento – lembrando a gestão do ex-prefeito Sergio Soares – que remete um caso, no mínimo suspeito, verificado na Comissão Permanente de Licitação (CPL) da Prefeitura de Itaboraí, quando os critérios da economicidade, do menor preço determinados pela legislação, foram deixados de lado na hora de definir a contratação de uma empresa de locação de equipamentos pesados, máquinas e caminhões. No pregão presencial o martelo foi batido em favor da que ofereceu o preço máximo, quando uma cocorrente experiente, com contratos firmados em vários municípios, cobrou R$ 1 milhão a menos.
Segundo documentos aos quais o elizeupires.com teve acesso, a empresa Engepark foi a vencedora do processo licitatório, na modalidade pregão presencial, aberto pela Prefeitura alugar caminhões e máquinas, cobrando o valor global de R$ 4,9 milhões, mesmo tendo a empresa Heringer – que presta esse serviço e realiza obras em vários municípios – apresentado uma proposta mais vantajosa, uma vez que dispõe de frota própria e não precisa alugar de terceiros para relocar para a Prefeitura. De acordo com os documentos, a Heringer cobrou R$ 3,9 milhões, mas acabou desclassificada. Na última quinta-feira foi apresentado um recurso contra a desclassificação da Heringer, o que será analisado nos próximos dias. O resultado dessa concorrência só poderá ser homologado depois que o recurso for julgado.
De acordo com um empresário local ouvido ontem pelo elizeupires.com, a falta de transparência continua no município. “Está igual na gestão do Sérgio Soares, que não era nada transparente. No tempo do ex-prefeito apenas uma empresa fornecia para a Secretaria de Educação, vencendo licitações muito estranhas, feitas em processos nada transparentes”, afirmou.
A Prefeitura foi procurada na tarde de ontem para explicar a opção pela empresa que cobrou R$ 1 milhão a mais pela locação de equipamentos. O contato foi feito com a assessoria de imprensa do prefeito Helil Cardoso, que pediu que as informações fossem solicitadas por e-mail, para só depois o governo se pronunciar.
Isso tem que ser denunciado ao Ministério Público. O mal tem de ser cortado pela raiz.
No tempo de Sergio Soares era a farra do boi. Será que o Helil vai seguir pelo mesmo caminho? Nós votamos pela mudança e não pela continuidade.
Se o prefeito não anular essa licitação ele estará provando que a bagunça vai continuar.
Isso é sujeira da grossa.
Acho que esse governo pensa que o dinheiro do povo é capim.
Se o Helil tiver mesmo bem intencionado vai brecar essa sacanagem com o dinheiro público.
Parece que o Sergio Soares ainda continua prefeito.
Essa prática é abominável. Vamos ver se essa licitação vai ser homologada do prefeito. Se for o Ministério Público terá que agir.
Isso é uma vergonha… desclassificar uma empresa a qual apresentou o melhr preço. foi desclassificada porque? isso que tem que ser visto. vms ficar de olho gente.
Gostaria de saber o motivo das licitações não serem divulgadas no portal da prefeitura, no mesmo modelo utilizado por diversos municípios. A falta de informação e divulgação dos processos licitatórios favorece este tipo de prática.