
Processo seletivo deverá ser mesmo anulado para indicados ficarem nas vagas
“A alegação será de supostas irregularidades, mas a motivação é a pressão de vereadores para garantir o emprego dos apadrinhados e o controle sobre os postos do Programa Médico da Família.” Essa afirmação, feita na noite de ontem ao elizeupires.com por uma fonte ligada à Secretaria de Saúde de Macaé, confirma a informação de que, ao transferir para o Conselho Municipal de Saúde a decisão de homologar ou não o concurso realizado em dezembro do ano passado – visando a contratação de servidores para os postos do PSF -, o prefeito Aluizio dos Santos Junior estava lavando as mãos e abrindo o espaço para que as pressões do seu grupo de apoio na Câmara de Vereadores alcancem o objetivo de manter nessas vagas os cerca de 400 contratados temporários, a maioria composta de indicados por vereadores.
Conforme o elizeupires.com já noticiou, o concurso foi realizado por decisão do Tribunal de Contas do Estado (TCE), para preencher 155 vagas imediatas em várias funções de níveis fundamental, médio e superior, além de formar um cadastro de reserva, com salários entre R$ 686,74 a R$ 7114,25. O resultado final foi divulgado no dia 31 de janeiro, mas vem sendo ignorado pelo prefeito, que não só não o homologou, como determinou que as vagas existentes fossem preenchidas através de contratações temporárias.
“A verdade é que o governo está cedendo às pressões dos vereadores, que sempre controlaram essas unidades através dos apadrinhados que indicam para trabalhar e não querem perder essa mina de votos. Controlando os postos do PSF eles mantém suas tropas de cabos eleitorais e garantem o voto fácil gerado pelo assistencialismo. Essa prática é antiga e parece que vai continuar nessa nova gestão”, concluiu a fonte.
Matéria relacionadas:
Macaé ignora concurso e contrata 400 temporários
Macaé: concurso para PSF caminha para a anulação
Documentos relacionados:
Resultado final – nível fundamental