“Mais Médicos” será a salvação da Baixada

Magé e Guapimrim serão beneficiados pelo programa federal

Os médicos que integrarem ao programa “Mais Médicos” – anunciado pelo governo federal na semana passada – e optarem por trabalhar nas cidades das regiões metropolitanas, além do salário, vão receber uma ajuda de custo de R$ 10 mil, o que poderá elevar seus ganhos para R$ 20 mil mensais. A implantação do programa agradou bastante os prefeitos da Baixada Fluminense, uma vez que não estão conseguindo contratar profissionais de saúde exatamente por não poderem competir com a Prefeitura do Rio. Os municípios terão de aderir ao “Mais Médicos” até o final deste mês, informando quantos profissionais precisam. As despesas ficarão a cargo do Ministério da Saúde, que pagará o salário e a ajuda de custo. Os municípios da região farão parte do programa serão Guapimirim, Magé, Duque de Caxias, Queimados, Japeri, Paracambi e Seropédica.

Os prefeitos Nestor Vidal (Magé) e Ivaldo Barbosa dos Santos, o Timor (Japeri) estão recebendo a notícia com grande entusiasmo. Magé, embora tenha quatro vezes mais a receita de Japeri (o município mais pobre da Baixada Fluminense), proporcionalmente recebe o mesmo repasse do Sistema Único de Saúde (SUS), se igualando em dificuldades e problemas, já que tem, também, um universo populacional quatro vezes maior.

“Aqui temos nos esforçado para fazer o melhor em termos de saúde, mas o dinheiro é pouco. Se tivermos mais profissionais atendendo sem onerar os cofres da municipalidade, teremos resolvido o nosso problema. A maior dificuldade que temos hoje é para contratar médicos. As pessoas falam dos repasses do SUS como isso fosse especificamente para pagar salário. É pouco dinheiro para uma despesa enorme”, disse Nestor Vidal que está preparando uma grande mudança no setor.

Festa também estão fazendo os prefeitos de Paracambi e Seropédica, Tarciso Pessoa e Alcir Martinazzo, que sofrem com as mesmas dificuldades de Magé na hora de contratar médicos para as suas redes. Até mesmo em Duque de Caxias, onde o salário é relativamente melhor que o oferecido nas cidades vizinhas, está com problemas na contratação desses profissionais, pois as cooperativas que terceirizam mão de obra para as unidades públicas do município do Rio e para as UPAs, chegam a pagar até três vezes mais que os municípios da Baixada, região cujos prefeitos vem lutando pela implantação de um piso regional de salário.

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Comentários:

  1. O piso regional pretendido pelos prefeitos da Baixada Fluminense ajudaria na solução do problema. Um profissional não vai deixar de ganhar R$ 12 mil na Prefeitura do Rio para vir receber a metade nos municípios com menos recursos.

  2. TOMARA QUE MAGÉ SEJA REALMENTE CONTEMPLADA COM ESSE PROGRAMA E FAÇA BOM USO DESTA OPORTUNIDADE, MAS O PROBLEMA NÃO É SÓ MÉDICO É DE ESTRUTURA, MÉDICO BOM NÃO NÃO QUER SÓ SALÁRIO DIGNO,QUER CONDIÇÕES DE PRESTAR UM BOM SERVIÇO E NÃO PASSAR UM BOM TEMPO NA VIDA RESPONDENDO A PROCESSOS JUDICIAIS POR SUPOSTAS OMISSÃO DE SOCORRO POR CULPA DE MAUS GESTORES QUE NÃO FAZER A TUA PARTE.

  3. Vamos ver se agora vai, né.E que haja uma fiscalização bem rigida para que esse dinheiro seja realmente pago e com isso o atendimento na saúde pública melhore, porque aqui em Magé está ,”baixada fluminense” ,está uma vergonha… O hospital está uma mer… é só de faxada… e os postos de saúde , nem se fale.

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