“Batata quente” está nas mãos de conselheiros
Há doze dias com a tarefa de validar ou não o concurso público realizado no ano passado para a contratação de pessoal, visando o preenchimento de vagas nos postos do Programa Saúde da Família e formar um cadastro de reserva, os membros do Conselho Municipal de Saúde ainda não tomaram nenhuma decisão e poderão devolver a “batata quente” para o prefeito Aluizio dos Santos Junior, o Dr. Aluizio, que, numa “lavada de mãos” transferiu aos conselheiros uma atribuição que é sua. De acordo com uma fonte ligada à Secretaria Municipal de Saúde, as vagas nas unidades do PSF “vão ficar mesmo é com os contratados temporários indicados por vereadores”.
De acordo com a fonte, alguns membros do conselho não gostaram da tirada de corpo feita pelo prefeito durante a abertura, no início deste mês, da XI Conferência Municipal de Saúde, quando Aluizio afirmou que a decisão de homologar ou não o concurso do Programa Saúde da Família ficaria a cargo do Conselho. “Que a conferência possa trazer para Macaé decisões importantes para o município. A Prefeitura vai levar em conta tudo o que for decidido no evento, tanto que caberá aos membros da Conferência Municipal de Saúde a decisão de homologar ou não o concurso público do PSF. Nada mais democrático do que deixar para a sociedade, para o órgão supremo de fiscalização da saúde, que é o Conselho Municipal, e para os usuários do sistema decidir o que for melhor para Macaé”, afirmou o prefeito no evento público.
Para a fonte, o que prefeito chamou de atitude em prol da transparência, na verdade, está escondendo a sua intenção de se omitir nesse processo “para não ficar mal” diante da opinião pública, perante o TCE e ao Ministério Público”. O resultado final do processo seletivo foi divulgado dia 31 de janeiro, mas não foi homologado pelo prefeito, que optou por contratar 400 temporários.
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Esse jogo de interesses políticos sempre prejudica o serviço público. Esse prefeito está sendo omisso e covarde.
Quem são os membros do conselho? Quem os indica? A mim eles não representam e não podem decidir por mim. Eu quero os concursados empossados e não apadrinhados de vereador ocupando essas vagas. Sou contribuinte e posso exigir isso.
Os vereadores nunca vão abrir mão do controle dos postos do PSF. Eles se sentem donos e senhores.