Sobre a covardia dos encapuzados

(Da série “Uma reflexão de domingo”)

Quando me reporto a um assunto, por mais polêmico que seja, o faço às claras. Não me sirvo das sombras e jamais usaria um capuz, colocaria uma máscara ou me esconderia atrás de qualquer coisa para dizer o que penso, seja lá sobre o que for e não me comporto assim apenas como jornalista. Adoto a mesma postura em minha vida pessoal. Eu nunca seria um encapuzado e não o fui quando, estudante, participei, de algumas manifestações do movimento pela “Anistia ampla, geral e irrestrita” que acabou virando lei (Nº 6683) no dia 22 de novembro de 1979.

Nunca liderei uma manifestação ou organizei protestos contra qualquer coisa ou por alguma causa, mas participei de muitos eventos desse tipo e olha, meus caros, que naquela época os “milicos” não aliviavam ninguém.  O pau cantava, mas ninguém usava capuz ou máscara. Saía-se às ruas de cara limpa, levando as mensagens de protesto. Disso veio a Constituição de 1988 e a consequente democracia tão evocada agora pelos que – com capuz e máscaras – tem saído ultimamente por ai quebrando tudo o que veem pela frente e alegando, quando questionados, terem o direito de se expressar, confundindo – como sempre digo aqui – liberdade de expressão com irresponsabilidade.

Não tenho respeito algum por aquele que se esconde e não vejo protesto na ação daquele que apedreja, no ataque do que saqueia. O que enxergo nisso é um bando de covardes se escondendo para externarem o seu lado bandido, a sua porção marginal. Que coragem tem um mascarado? Nenhuma. O que nele sobra é covardia. Esse não tem ideal algum e desconhece por completo o significado da palavra democracia. A Constituição nos garante a todos o direito de nos manifestarmos sobre o que bem entendermos, nos dá total liberdade de expressão, mas nos veda o uso do capuz, da máscara da covardia (o anonimato).

Agiu corretamente o legislador nesse ponto, pois do contrário seria fácil demais. Eu me esconderia sob o capuz do anonimato e sairia cometendo desatinos. Quando o legislador escreveu lá no artigo 5º que “é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato”; que “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas”, que “é assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação” e destacando que “a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais”, ele nos fez ver que o que se esconde não tem o direito de proclamar-se cidadão consciente. Que tal pensarmos um pouco sobre isso nesse domingo que está apenas começando?

Tenham todos um bom domingo em família na graça do Grande Pai. Eu volto amanhã, as oito em ponto, se Ele assim me permitir.

Comentários:

  1. É preciso diferenciar aquele que reivindica seu direito do que é bandido.
    Entretanto, são esses bandidos que está ajudando a mídia omissa e os políticos corruptos a se defenderem sobre pretexto de vândalos. O que garante não ser pau mandado para tal finalidade.
    Qual seria a desculpa de Cabral se não existisse os vândalos?
    É fácil promover prejuízo e pagar com dinheiro do povo…

    1. Não precisava nem assinar como Piabetense para se perceber que é alguem de Magé, gente que lê e não entende. Ajudando em que? O que o Cabral tem a ver com os vândalos?

  2. Quem gosta muito de vandalismo é o Garotinho. Esse semeia o quanto pior melhor e depois sai por ai dando uma de evangélico. E o pior é que os crentes acreditam e dizem amem.

  3. kelly,acho que poderiamos lhe chamar de” a inteligencia pura” rsrsrsrsrsrrs,pois vc pelo que parece, nao é ,mageense. Pela arrogancia ,despeito e ignorancia, nao deve ser mesmo. kkkkkkkkkkkk Ja que vc falou mal dos mageenses , poderia ter falado aonde vc mora…

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